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Internacional
Quarta - 16 de Novembro de 2005 às 16:04

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Cairo - A Irmandade Muçulmana, principal grupo islâmico do Egito, mais que dobrou sua representação no Parlamento, após a primeira de três rodadas de votação no país. Resultados iniciais do pleito de terça-feira mostram que a Irmandade conquistou 30 vagas, enquanto que o Partido Nacional Democrático (PND), do governo, ficou com 50, de acordo com a Agência de Notícias Oriente Médio (Mena, na sigla em inglês).

O resultado é "um choque", disse Abdel Gelil el-Sharnoubi, editor do website da Irmandade. "Agora, oro para que Deus nos proteja da ira do governo", disse. Um membro do comitê político do PND reconheceu que o resultado do pleito representa um golpe. "Este é o resultado lógico do fracasso do PND e de sua perda de popularidade", declarou Osama el-Ghazi Harb. "é o mesmo cenário visto em sociedades muçulmanas controladas por regimes autoritários".

A participação do PND no Parlamento deve crescer, porém, já que muitos dos 45 candidatos independentes que conquistaram mandatos são ex-membros do partido que concorreram por fora da agremiação após não terem obtido apoio dentro da legenda. Esses independentes geralmente voltam a se filiar depois do pleito.

A votação de ontem foi um segundo turno, convocado para decidir o destino de 133 vagas no Parlamento disputadas por candidatos que não obtiveram mais da metade dos votos no pleito de 9 de novembro, primeira rodada das eleições, que devem se prolongar por quatro semanas.

Resultados conjuntos do segundo e primeiro turnos mostram a Irmandade com 34 vagas no Legislativo, mais do dobro das 15 que o grupo controla na assembléia em final de mandato.





Fonte: AP

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