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Economia
Quarta - 16 de Novembro de 2005 às 14:17
Por: Anelise Infante

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O presidente da Telefónica, César Alierta, disse nesta terça-feira à BBC Brasil que uma possível saída do ministro Antonio Palocci do governo não preocupa a empresa, a terceira maior operadora do mundo.

Alierta afirmou que "está tranqüilo, e os brasileiros também deveriam estar, porque o país está funcionando".

Na sua avaliação, a imagem do país não será prejudicada pelas recentes acusações de corrupção, e "o Brasil é um dos países mais sérios" que ele conhece.

César Alierta, que participou do 7º Fórum de Economia Latibex, na Bolsa de Valores de Madri, afirmou ainda que "o Brasil é um país fenomenal para qualquer investidor". Para ele, a recente crise política nacional "não preocupa nada, absolutamente".

Do lado brasileiro, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielle, insistiu que deve haver tranqüilidade, tanto para investidores estrangeiros como para eleitores no Brasil.

"Depoimentos de ministros no Senado acontecem em qualquer lugar, na Espanha, nos Estados Unidos. Isso é normal, faz parte da democracia. Se o Palocci pode cair hoje? Eu acho que ele não cai."

Perspectivas para a região

Os presidentes das maiores empresas espanholas com investimento na América Latina: Telefónica, Iberdrola, Banco Santander e BBVA, disseram na abertura do Fórum Latibex que a região passa por um grande momento de recuperação econômica, com índices de crescimento de 5%.

Para o presidente da Telefónica, "o ciclo de crescimento (latino-americano) é o melhor dos últimos 25 anos, o que representa uma garantia para o futuro".

Francisco González, do BBVA, destacou o que chamou de deveres de casa feitos em controle do deficit público e da inflação, afirmando que "América Latina é uma das regiões com mais futuro no mundo, com potencial de crescimento muito parecido com o dos Estados Unidos".

O presidente do Banco Santander, Emilio Botín, comentou que o Brasil "é um exemplo, com um crescimento magnífico; conseguiu esse ano mais de US$ 18 bilhões em investimentos".

Para Iñigo de Oriol, da Iberdrola, além dos elogios é preciso preocupar-se também com a desigualde social.

"Esse forte desequilíbrio ainda não foi superado, não podemos esquecer que esse é o caminho para um crescimento sólido e contínuo."





Fonte: BBC Brasil

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