Romênia confirma vírus da gripe aviária em aves silvestres mortas

As autoridades da Romênia confirmaram hoje a presença do vírus H5N1 em duas aves silvestres encontradas mortas há 15 dias, após os testes biológicos terem sido enviadas para análise no laboratório Weybridge, no Reino Unido.

O ministro da Agricultura da Romênia, Gheorghe Flutur, disse que recebeu por telefone a confirmação do vírus da gripe aviária - na variante mais mortífera que pode ser transmitida aos humanos - em um ganso selvagem morto perto da localidade de Vadul Oii, próxima a Constança, e um cisne morto na zona do lago Sinoe, próximo a Tulcea.

Nestes casos, as autoridades não declaram quarentena, porque as aves migratórias estavam em locais isolados, sem impacto sobre as aves de criação da região.

Flutur disse que as autoridades de saúde da Romênia também enviarão ao laboratório de Weybridge os testes das quatro galinhas da localidade de Caraorman, no delta do Danúbio, onde um laboratório de Bucareste detectou ontem o vírus H5, sem saber se é a cepa letal.

Em Caraorman, foi declarado ontem um novo foco de gripe aviária, houve a instituição da quarentena e o pessoal sanitário iniciou o extermínio das cerca de 2.000 aves de criação do local.

A localidade, que tem apenas cerca de 100 casas, fica em uma zona de terra firme cercada por lagos e canais do Danúbio, próxima da floresta e reserva da natureza de Caraorman, onde milhares de aves silvestres vivem protegidas.

As autoridades locais registraram na última semana uma alta mortalidade nas aves migratórias e domésticas em vários lugares do delta do Danúbio.

Na localidade de Ceamurlia de Jos, que fica na mesma região, em 7 de outubro apareceram os primeiros casos de gripe aviária na Romênia e na Europa.

No entanto, o Ministério da Agricultura declarou este foco infeccioso encerrado e suspendeu a quarentena, após aplicar as medidas radicais recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS).