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Caso Fujimori aquece Apec cinco anos depois de sua fuga
O Governo do Peru vai à cúpula do Apec na Coréia do Sul disposto a aquecer o ambiente com o "caso Fujimori", cinco anos depois que o mesmo fórum foi testemunha em Brunei da surpreendente fuga do então governante peruano.
A recente prisão de Alberto Fujimori no Chile centrará as discussões do Peru no Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec), que começa na quinta-feira em Pusan e que terá a presença dos líderes de México, Chile, Japão e Peru, os países envolvidos no último escândalo protagonizado pela polêmico ex-governante.
Fontes do Ministério das Relações Exteriores do Peru disseram à EFE que "será inevitável" um encontro do presidente Alejandro Toledo com o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, e com os presidentes do Chile, Ricardo Lagos, e do México, Vicente Fox.
Fujimori aproveitou a reunião de líderes do Apec de 2000 em Bandar Seri Begawan, capital do Sultanato de Brunei, para, no meio da confusão, fugir ao Japão quando ainda era chefe do Estado e enquanto as estruturas políticas de seu país eram estremecidas por uma sucessão de escândalos de corrupção.
Em 16 de novembro de 2000, em meio a rumores sobre uma possível fuga, Fujimori participou das reuniões dos líderes e depois foi ao Clube de Pólo de Jerudong, na capital do sultanato, junto com outros líderes, entre eles o americano Bill Clinton.
Aquele dia, em que a delegação peruana evitou divulgar o programa do então governante em Brunei, terminou com a cerimônia de encerramento da cúpula, à que Fujimori não compareceu para surpresa de todos.
O ex-presidente entrava naquele momento em um vôo da companhia Malaysia Airlines com destino a Kuala Lumpur, onde realizou uma escala de duas horas antes de prosseguir viagem até Tóquio, onde chegou na manhã do dia seguinte.
Dois dias depois, em 19 de novembro, Fujimori apresentou sua renúncia à Presidência e sumiu do país em uma grave crise institucional, já que também renunciou o Gabinete de ministros após mostrar sua indignação com a atitude do governante.
A cúpula de Pusan servirá de marco para tratar o último capítulo da polêmica de Fujimori, que após um exílio no Japão viajou em 6 de novembro a Santiago do Chile, onde foi detido.
Antes de entrar na capital chilena com passaporte peruano, o ex-governante tinha realizado uma escala no aeroporto de Tijuana, sem que fosse detectado pela Interpol, após entrar no México com documentação japonesa.
Peru, Chile e México são os únicos membros latino-americanos entre os 21 países que formam o Apec, e é neste cenário que o presidente Toledo planeja conversar com seus homólogos sobre a maneira como Fujimori conseguiu burlar a Polícia internacional tanto no México como no Chile.
Segundo fontes da Chancelaria, Toledo também deve se reunir com o primeiro-ministro japonês depois que na semana passada houve atritos nas relações bilaterais quando o Governo japonês exigiu ao Chile que Fujimori fosse tratado em sua reclusão como um cidadão japonês.
Lima reagiu com uma nota de protesto pela suposta ingerência do Japão em seus assuntos internos, já que o país asiático não respondera nos cinco anos que Fujimori residiu nessa nação a dois pedidos de extradição.
Em conseqüência, o Governo peruano retirou seu embaixador em Tóquio e o próprio chanceler, Oscar Maúrtua de Romaña, disse que esta ação era uma atitude de "reclamação, protesto e incômodo".
O Peru se incorporou ao Apec em 1998 durante a cúpula de Kuala Lumpur, de que Fujimori participou como chefe de Estado deste país.
Alejandro Toledo inicia hoje uma visita oficial a Seul a fim de examinar junto a seu homólogo coreano, Roh Moo-hyun, o desenvolvimento do comércio e os investimentos, e disposto a ratificar o Tratado de Extradição assinado em 2003.
Além de Peru, Chile e México, fazem parte do Apec Austrália, Brunei, Canadá, Coréia do Sul, China, EUA, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Rússia, Cingapura, Tailândia, Taiwan e Vietnã.
A recente prisão de Alberto Fujimori no Chile centrará as discussões do Peru no Fórum de Cooperação Ásia-Pacífico (Apec), que começa na quinta-feira em Pusan e que terá a presença dos líderes de México, Chile, Japão e Peru, os países envolvidos no último escândalo protagonizado pela polêmico ex-governante.
Fontes do Ministério das Relações Exteriores do Peru disseram à EFE que "será inevitável" um encontro do presidente Alejandro Toledo com o primeiro-ministro japonês, Junichiro Koizumi, e com os presidentes do Chile, Ricardo Lagos, e do México, Vicente Fox.
Fujimori aproveitou a reunião de líderes do Apec de 2000 em Bandar Seri Begawan, capital do Sultanato de Brunei, para, no meio da confusão, fugir ao Japão quando ainda era chefe do Estado e enquanto as estruturas políticas de seu país eram estremecidas por uma sucessão de escândalos de corrupção.
Em 16 de novembro de 2000, em meio a rumores sobre uma possível fuga, Fujimori participou das reuniões dos líderes e depois foi ao Clube de Pólo de Jerudong, na capital do sultanato, junto com outros líderes, entre eles o americano Bill Clinton.
Aquele dia, em que a delegação peruana evitou divulgar o programa do então governante em Brunei, terminou com a cerimônia de encerramento da cúpula, à que Fujimori não compareceu para surpresa de todos.
O ex-presidente entrava naquele momento em um vôo da companhia Malaysia Airlines com destino a Kuala Lumpur, onde realizou uma escala de duas horas antes de prosseguir viagem até Tóquio, onde chegou na manhã do dia seguinte.
Dois dias depois, em 19 de novembro, Fujimori apresentou sua renúncia à Presidência e sumiu do país em uma grave crise institucional, já que também renunciou o Gabinete de ministros após mostrar sua indignação com a atitude do governante.
A cúpula de Pusan servirá de marco para tratar o último capítulo da polêmica de Fujimori, que após um exílio no Japão viajou em 6 de novembro a Santiago do Chile, onde foi detido.
Antes de entrar na capital chilena com passaporte peruano, o ex-governante tinha realizado uma escala no aeroporto de Tijuana, sem que fosse detectado pela Interpol, após entrar no México com documentação japonesa.
Peru, Chile e México são os únicos membros latino-americanos entre os 21 países que formam o Apec, e é neste cenário que o presidente Toledo planeja conversar com seus homólogos sobre a maneira como Fujimori conseguiu burlar a Polícia internacional tanto no México como no Chile.
Segundo fontes da Chancelaria, Toledo também deve se reunir com o primeiro-ministro japonês depois que na semana passada houve atritos nas relações bilaterais quando o Governo japonês exigiu ao Chile que Fujimori fosse tratado em sua reclusão como um cidadão japonês.
Lima reagiu com uma nota de protesto pela suposta ingerência do Japão em seus assuntos internos, já que o país asiático não respondera nos cinco anos que Fujimori residiu nessa nação a dois pedidos de extradição.
Em conseqüência, o Governo peruano retirou seu embaixador em Tóquio e o próprio chanceler, Oscar Maúrtua de Romaña, disse que esta ação era uma atitude de "reclamação, protesto e incômodo".
O Peru se incorporou ao Apec em 1998 durante a cúpula de Kuala Lumpur, de que Fujimori participou como chefe de Estado deste país.
Alejandro Toledo inicia hoje uma visita oficial a Seul a fim de examinar junto a seu homólogo coreano, Roh Moo-hyun, o desenvolvimento do comércio e os investimentos, e disposto a ratificar o Tratado de Extradição assinado em 2003.
Além de Peru, Chile e México, fazem parte do Apec Austrália, Brunei, Canadá, Coréia do Sul, China, EUA, Filipinas, Hong Kong, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Papua Nova Guiné, Rússia, Cingapura, Tailândia, Taiwan e Vietnã.
Fonte:
Agência EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/335865/visualizar/
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