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Polícia Brasil
Terça - 15 de Novembro de 2005 às 15:27
Por: José San Martin

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Um jovem que alegou estar “possuído” ou “em transe” enquanto espancava um vigia no bairro Coophema, em Cuiabá, foi preso em flagrante na madrugada de segunda-feira (14). A vítima contou que o suspeito brigava com um homem com quem tem um relacionamento homossexual. Evitando se envolver, o vigia foi para o escritório do posto de combustível em que trabalha, onde acabou sendo atacado de forma violenta.

Segundo afirmou o vigia Possidônio Rodrigues Sateli, de 55 anos, o fato aconteceu por volta das 3h35. Erverson Washington Ferreira de Souza, o “Edinho”, 19, e Francisco José da Silva, o “Chico”, idade não informada, brigavam próximo ao posto Beto, na avenida Fernando Corrêa. Conhecido de Sateli, Silva gritava por socorro, mas o vigia não quis se envolver e foi para uma sala do estabelecimento.

“Eu não sei por que ele quebrou o vidro da porta, com uma cadeira, me deu uma pedrada e passou a me espancar com socos e pezadas. Depois pegou um pedaço de vidro, colocou no meu pescoço e me levou para a casa de macumba onde ele mora com Chico. Alguém chamou a polícia, que foi lá e me socorreu”, disse Sateli, no box de emergência do Pronto-Socorro de Cuiabá (PSMC), onde se recuperava da surra. Ele tinha os dois olhos muito inchados devido aos golpes, além de vários ferimentos.

Ensangüentado

O cabo Waldemar disse na delegacia que sua equipe não encontrou ninguém no posto, mas um taxista informou que os envolvidos tinham ido para uma casa nos fundos do estabelecimento. Ao chegar à casa os PMs viram os dois suspeitos e em seguida o vigia todo ensangüentado no local.

Após se inteirar da situação os militares deram voz de prisão ao suspeito, que teria reagido com violência. Segundo o cabo Waldemar, no momento em que Erverson era colocado no camburão, Silva ofereceu R$ 150 aos policiais para o caso “ficar ali mesmo”. Como não foi atendido, ele passou a gritar que foi seu advogado que tinha mandado dar o dinheiro e que tinha outros advogados.

“Possuído”

Durante interrogatório na delegacia, Erverson disse que vive com Silva há cinco anos, no Jardim Vista Alegre, onde o parceiro tem um centro de macumba funcionando diariamente. Alegou que não se lembrava de ter agredido alguém, apenas que estava ao computador às 20h de anteontem e quando “acordou” os PM o prendiam.

Defendendo que nunca viu o vigia, Erverson revelou que freqüentemente fica “em transe”, mas nunca tinha se envolvido com algo que o levasse à polícia. Ontem ele foi conduzido à cadeia do Carumbé.




Fonte: Folha do Estado

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