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Internacional
Terça - 15 de Novembro de 2005 às 13:47

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O ministro chinês das Relações Exteriores, Li Zhaoxing, acusou hoje o Japão de venerar criminosos de guerra, após a recente visita do primeiro-ministro Junichiro Koizumi ao santuário nacionalista de Yasukuni.

"Volto da Europa. Se um responsável alemão venerasse Hitler, ou os nazistas, como reagiriam os povos daquele continente? Isso não os afetaria?", perguntou Li. "No entanto, os responsáveis japoneses rendem homenagens aos criminosos de guerra que fizeram tanto mal aos chineses", acrescentou.

Koizumi desatou mais uma vez um mal-estar com seus vizinhos chineses e coreanos ao visitar, no dia 17 de outubro passado, o santuário de Yasukuni, em Tóquio.

Desde a sua chegada ao poder em 2001, Koizumi vai ao santuário pelo menos uma vez por ano e rejeita regularmente os pedidos de Pequim sobre o assunto, sustentando que não irá se deixar ditar pela conduta do país vizinho. O santuário é consagrado ao veteranos de guerra japoneses, entre os quais figuram sete criminosos de guerra condenados pelos aliados após 1945, como o general Hideki Tojo.

Situado em pelo centro da capital e a poucos metros do Palácio Imperial, o monumento é considerado por seus detratores um símbolo do militarismo japonês entre os anos 30 e 40. Koizumi insiste que suas visitas ao santuário têm um propósito simplesmente comemorativo, de homenagem aos mortos durante a guerra, e que o Japão está comprometido com o pacifismo.

Contudo, inúmeros países asiáticos vêm nestas visitas uma prova de que o Japão não refletiu o suficiente sobre as atrocidades cometidas por suas tropas durante o conflito mundial. "Tudo isto não é bom para o Japão. Na realidade, os próprios japoneses são vítimas do militarismo nipônico", destacou o chanceler chinês. Responsáveis chineses já destacaram que o presidente do país Hu Jintao não se reunirá com Koizumi durante a cúpula do Foro de Cooperação Econômico Ásia-Pacífico (Apec) em Pusan, que começa na próxima sexta-feira.




Fonte: AFP

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