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Internacional
Segunda - 14 de Novembro de 2005 às 11:44

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O ministro do Transporte britânico, Alistair Darling, divulgou hoje um plano piloto para efetuar buscas em estações do metrô e de trens, como parte de testes para proteger os passageiros de um atentado terrorista.

Darling apresentou estas medidas em uma conferência em Londres com especialistas de segurança e responsáveis pelo transporte público do mundo, que debatem a resposta à atual ameaça terrorista.

Nesta reunião, o ministro apresentou as novas técnicas de buscas, que entrarão em teste a partir do próximo ano e que são uma resposta aos atentados de 7 de julho contra a rede de transporte da capital britânica, em que 56 pessoas morreram e mais de 700 ficaram feridas.

Os primeiros testes, semelhantes às inspeções feitas nos aeroportos, começarão no início de 2006 na plataforma do trem Heathrow Express, na estação londrina de Paddington, que liga o centro da cidade à primeira estação área do país.

Testes semelhantes serão feitos em outras estações do metrô e de trens de subúrbio, com o objetivo de analisar a viabilidade de um sistema de segurança em uma grande cidade como Londres, onde três milhões de pessoas usam o metrô todos os dias. Segundo cálculos do Ministério do Transporte, os testes terão uma duração de quatro semanas.

De acordo com o plano, alguns passageiros serão submetidos a revistas em Paddington, em que os usuários deverão passar por máquinas de raios X ou ser revistados para saber se estão com objetos por baixo das roupas, enquanto suas malas são inspecionadas.

"Não podemos operar um sistema fechado como nos aeroportos. Mas é importante reduzir o risco para estes passageiros enquanto se reconhece que a população precisa viajar de metrô e de trem", afirmou o ministro do Transporte. "Também é importante levar em conta os benefícios que as novas tecnologias podem oferecer." Darling pediu hoje à população que faça suas compras em Londres para o Natal e assegurou que o Governo faz tudo o que está a seu alcance para enfrentar a ameaça terrorista.

O ministro ressaltou que nenhum sistema de transporte é totalmente livre de risco, mas considerou que o Governo pode dificultar a atuação dos terroristas.

"Temos de garantir que o sistema é o mais seguro possível e fazemos isto através de muitos meios", acrescentou. "Não há nenhuma razão pela qual as pessoas não devem ir a Londres, ou a outro lugar, para fazer as compras do Natal." No entanto, Darling reconheceu que será difícil proteger todo o transporte público, já que há mais de 15 mil quilômetros de vias e cerca de 2.500 estações de trens no Reino Unido.

O prefeito de Londres, Ken Livingstone, considera que muitos dos planos propostos não são práticos, devido ao tamanho limitado de algumas estações e à grande quantidade de passageiros na capital.

Em 7 de julho, quatro terroristas suicidas explodiram bombas em trens das estações de metrô de King''s Cross, Edgware Road e Liverpool Street e em um ônibus urbano da linha 30, que explodiu na praça Tavistock, perto do Museu Britânico. Os ataques obrigaram os responsáveis pelo transporte a fechar todas as estações de metrô da cidade.





Fonte: EFE

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