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Nacional
Segunda - 14 de Novembro de 2005 às 11:10

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O prédio número 20 da Rua Alcindo Guanabara, ao lado da Câmara de Vereadores, no centro do Rio de Janeiro, foi ocupado nesta madrugada por um grupo de aproximadamente 100 pessoas.

Apoiados por organizações como a Frente Internacional dos Sem-teto, Frente de Luta Popular e Movimento de Educação Literária, os invasores contavam até com apoio jurídico, e acusaram policiais que foram chamados ao local de impedirem a entrada e saída de pessoas do prédio.

O grupo de sem-teto se concentrou na Lapa antes de se dirigir para o prédio de oito andares. Entre os invasores havia muitas crianças.

Segundo o advogado André de Paula, que se apresenta como representante dos sem-teto que invadiram o prédio, a construção pertence ao INSS: "Esse prédio estava desocupado há 13 anos, e não tinha função social. Vamos entrar com medida judicial para garantir manutenção de posse e, se for preciso, habeas-corpus, porque eles (sem teto) estão sendo mantidos em cárcere privado".

Os policiais militares do 13º BPM (Praça Tiradentes) que estavam no local negam que mantiveram os invasores presos no prédio, apesar de uma viatura estar estacionada próxima à entrada. Os PMs informarm apenas que estavam resguardando o local, até receberem orientação.

No primeiro andar do prédio invadido fica o restaurante Cazuela Grill, muito freqüentado nos dias de funcionamento da Câmara por Vereadores. Os sem-teto, no entanto, não entraram no estabelecimento.

Algumas pessoas não conseguiram entrar no prédio antes da chegada da polícia. Os que conseguiram, não quiseram se identificar, mas criticaram a polícia: "Não estão deixando nos trazerem comida nem água, e tem muita criança aqui", disse uma invasora. "Somos moradores de rua ou despejados e não temos como arrumar casa. Sem moradia fixa fica mais difícil arrumar emprego. Nos baseamos no artigo 5 da Constituição, que garante as ocupações", argumentou outro.

Segundo o advogado, as pessoas que ocuparam o prédio são moradores de rua, famílias que moravam de favor com parentes, entre outros casos.





Fonte: O Dia

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