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Internacional
Segunda - 14 de Novembro de 2005 às 11:00

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O presidente em fim de mandato do Partido Social-Democrata (SPD), Franz Müntefering, transformou hoje sua despedida do cargo no congresso dessa formação em Karlsruhe, em uma homenagem ao ainda chanceler Gerhard Schröder, de quem destacou sua "coragem renovadora" e agradeceu o sucesso eleitoral.

"Querido Gerd: nem sempre foi fácil conosco, para nós também nem sempre foi fácil com você (...) Mas você escreveu uma página da história do partido", disse Müntefering, que amanhã passará o cargo da Presidência do SPD a seu sucessor designado, Matthias Platzeck.

"Com você chegou um filho da classe trabalhadora à Chancelaria", prosseguiu Müntefering, e já desde essa posição adotou duas decisões de grande transcendência para o país: "empreender com coragem sua renovação, com a Agenda 2010, e levar adiante uma política pacifista".

Ambas as coisas, a bastante postergada e imprescindível reforma estrutural do país e a opção de seguir, "como potência internacional, uma política conseqüente e pacifista", marcaram sua gestão e levaram o SPD "ao sucesso eleitoral que devemos a você".

Müntefering fez assim de seu discurso uma homenagem ao chanceler que, como ele mesmo lembrou, não sempre "se deu bem" com suas bases, por representar a linha do "novo centro" e também porque essas reformas, a Agenda 2010, derivaram na queda de eleitorado da formação.

Apesar disso, Schröder dirigiu à formação na campanha eleitoral, em que embora tivesse sempre as pesquisas desaprovando, conseguiu um resultado maior que o previsto e o SPD será agora parceiro "em igualdade de condições" na grande coalizão de Angela Merkel, cuja aprovação pediu Müntefering aos delegados.

Müntefering abriu assim a rodada de discursos do congresso do SPD, em que nesta tarde será submetido a votação o pacto de grande coalizão com Merkel, enquanto que amanhã está prevista a eleição da nova cúpula, com Platzeck na Presidência.

O próprio Müntefering, que será vice-chanceler e ministro do Trabalho no próximo Governo, decidiu não se apresentar à reeleição, após perder uma votação interna contra a ala esquerda do partido, que impôs uma candidatura de suas filas à Secretaria-Geral.





Fonte: EFE

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