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Economia
Segunda - 14 de Novembro de 2005 às 07:45
Por: Juliana Scardua

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Mato Grosso deverá acumular até 2007 a construção de 2,912 mil novos aviários para fomentar a produção das duas novas fábricas da Sadia e uma da Perdigão, já em funcionamento. Os empreendimentos para o abastecimento das duas gigantes do mercado de carnes brasileiro deverão absorver R$ 582,4 milhões, que deverão ser financiados em maior parte por recursos do Fundo Constitucional do Centro-Oeste (FCO). O coordenador da Câmara Setorial de Política Agrícola e Crédito Rural da Secretaria de Desenvolvimento Rural (Seder), Dimas Gomes Neto, aponta que o montante financeiro é superior ao orçamento previsto para o FCO Rural a Mato Grosso no ano que vem, de R$ 500 milhões. Do total, 50% serão priorizados ao financiamento de projetos nas áreas de avicultura e suinocultura, conforme medida reivindicada pelo governo do Estado e aprovada pelo Conselho Deliberativo do FCO (Condel/FCO).

De acordo com dados da Seder, do total de 2,912 mil aviários, 2,262 mil irão incorporar os investimentos de produtores integrados à Sadia e os 650 aviários restantes serão ligados à Perdigão. A expectativa é que pelo menos outros 20 projetos de novos aviários sejam encaminhados ao FCO Rural por produtores vinculados à indústria Anhembi, que mantém duas plantas em Mato Grosso, nos municípios de Sorriso e Tangará da Serra.

Neto afirma que a média estimada de investimentos à construção de cada novo aviário é de R$ 200 mil. O valor é 42,8% superior aos aviários construídos ainda este ano, com injeção média de R$ 140 mil. "O valor aumentou porque está havendo uma exigência maior na questão ambiental, o que demanda a aplicação de mais recursos", afirma Neto, ao exemplificar com os investimentos em lagoas de decantação e o processamento de resíduos.

De acordo com dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), existem hoje em tramitação 210 processos de licença ambiental de novos aviários e 102 processos referentes a granjas de suínos. A superintendente de Infra-estrutura, Mineração, Indústria e Serviços da Sema, Suzan Lannes de Andrade, afirma que os dados ainda não refletem um "boom" ocasionado pelo efeito Sadia/Perdigão, mas que a procura por informações no órgão é crescente.





Fonte: A Gazeta

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