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Domingo - 13 de Novembro de 2005 às 10:33
Por: Luis Augusto Nobre

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De uns anos para cá, Felipe Camargo tem colecionado participações especiais na tevê. Foi assim em A Padroeira, como o crudelíssimo frei Tomé, em Senhora do Destino, como o inescrupuloso advogado Edmundo, e agora em Alma Gêmea, em que faz o médico espiritualista Julian.

De fato, desde que fez Corpo Dourado, em 1998, Felipe não tem um personagem do começo ao fim de uma novela. Por outro lado, acaba servindo de reforço quando entra no meio de uma produção. ¿O que me importa são os bons papéis, os que quero fazer. Se é a novela inteira, se a metade, se são três meses, não importa¿, defende.

Em relação a seu personagem de Alma Gêmea, Felipe prefere não criar expectativas. "Eu não sei se ele vai se envolver com a Vera ou com a Alexandra, isso ainda não está decidido", desconversa. A única coisa que pode garantir é que Julian vai continuar a lutar contra os espíritos obcessores de Alexandra, vivida por Nívea Stelmann.

Mas a cabeça do ator anda mesmo voltada para o cinema. Ele está concorrendo ao prêmio de melhor ator no Festival de Cuba por sua interpretação em Jogo Subterrâneo, de Roberto Gervitz, onde faz o Martín. No próximo ano, deve estrear O Balé da Utopia, de Marcelo Santiago, que traz um triângulo amoroso durante a Ditadura Militar e é baseado num livro do Álvaro Caldas.

Você fez algum laboratório para interpretar o Julian, em Alma Gêmea?

O laboratório foi da minha vida mesmo, porque freqüentei durante uma época centros kardecistas, lia Alan Kardec. Sei do que estou falando. Não é difícil, para mim, abordar esse assunto. Já em relação ao hipnotismo eu, realmente, nunca tive nenhum contato. Procurei me basear nas pesquisas do Walcyr e da direção de arte.

Você tem feito participações na tevê. Já apareceu convite para começar uma novela? Entrei em três novelas no meio. A Padroeira, também do Walcyr, em que fazia um frei da Inquisição. Fiz Senhora do Destino, uma participação de três meses. Agora essa, que vou fazer até o final. Já tive convite para outras participações, que não me tentaram. O que me importa são os bons papéis, os que quero fazer. Se é a novela inteira, se a metade, se são três meses, não importa. Acho que o bacana é saber se o personagem tem força, conteúdo. Se pintar um bom personagem numa novela inteira, claro, seria ótimo. Mas faz tempo que não faço uma novela inteira.

Como foi a repercussão do Edmundo, de Senhora do Destino?

Tive a felicidade de entrar em Senhora do Destino, também uma novela que tinha uma audiência enorme, e no núcleo da Nazaré, que era um personagem de muita repercussão. É engraçado, porque o povo, hoje em dia, está mais educado em relação às novelas e sabe distinguir o que é ator, o que é personagem. Brincavam muito comigo na rua, mas nada muito sério. A própria Nazaré era uma personagem querida pelas crianças, o que é completamente contraditório, porque era uma mulher que roubava os filhos dos outros.

Você também sempre esteve muito ligado ao teatro. Tem preferência por algum meio? Comecei em 1982 no teatro. São 24 anos de carreira. Agradeço muito ao grande volume de teatro que fiz no início da minha profissão e também os cursos. Todo o aprendizado que tive me deu uma base para estar trabalhando hoje. Acho que se não tivesse isso, não seria a pessoa nem o ator que sou. Sempre volto ao teatro quando posso, porque é onde aprendo e me ensina muito para todos os veículos.

Você não só atua, como dirige também?

Sou um diretor bissexto. Dirigi só três espetáculos até hoje, mas quero fazer mais. Sou um diretor que produz as coisas que faz. Coloquei dinheiro do meu bolso duas vezes em peças, o que não é um bom negócio. Pode até ser, mas geralmente não é. Prometi a mim mesmo que só faria quando tivesse patrocínio, foi o caso de Menino Maluquinho. Não ponho mais dinheiro por ser uma loucura, a não ser que esteja sobrando muito.




Fonte: TV Press!

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