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CPI mira negócios de amigos de Palocci em Angola
Brasília - Entre 2003 e 2004, cinco pessoas que têm ou tiveram relações próximas com o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, tentaram viabilizar negócios em Angola, para aproveitar a maré de investimentos internacionais despejados nas obras de reconstrução do país, após 30 anos de guerra. A CPI dos Bingos está rastreando com especial atenção os investimentos feitos com apoio do governo brasileiro, informou um técnico que integra a comissão.
O mais bem-sucedido dos cinco é José Roberto Colnaghi, que mantém negócios em Angola até hoje e se apresenta como amigo de uma importante figura do governo angolano, o ministro de Obras e Infra-Estrutura, Higino Carneiro. Colnaghi é dono do avião Sêneca que teria transportado, entre Brasília e Campinas, dólares vindos de Cuba para a campanha de Lula à Presidência em 2002.
Colnaghi tentou, entre 2003 e 2004, fechar negócios com Angola para suas empresas e para pelo menos outras quatro pessoas: Roberto Carlos Kurzweil, Rogério Buratti, Ralf Barquete (já morto) e Vladimir Poleto. Os três últimos foram assessores de Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto. Kurzweil foi apontado, na semana passada, como intermediador que ofereceu a Palocci uma doação de R$ 1 milhão para a campanha de Lula em 2002, oferecida por dois donos de bingos que se apresentam como angolanos.
Por sua assessoria, Colnaghi afirmou que só conhece Buratti, não os outros três. Buratti conta outra história: diz que encontrou com Colnaghi e que outros empresários foram para lá em buscas de negócios.
Lógica da CPI
A CPI acredita que, em novembro de 2003, o presidente Lula prometeu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriria linhas de créditos para empresários brasileiros investirem naquele país. O que a CPI busca saber é se essa afirmação não tinha, nos amigos de Palocci, personagens previamente carimbados para estabelecer negócios com Angola.
A aventura angolana de Colnaghi vai bem. A CPI dos Bingos já sabe que a Asperbras, do empresário, é fornecedora de uma grande empreiteira. A assessoria dele confirmou que suas empresas fornecem equipamentos agrícolas e industriais para o país desde 2003.
A CPI dos Bingos também está investigando a tentativa, infrutífera, de reativar o pequeno banco de investimentos Equity, do Rio. Fechado em julho de 2002, ele pertence ao Banco Prosper - já investigado por conta das relações com ex-assessores do ministro.
A suspeita da CPI é de que, nas negociações, estariam envolvidos Colnaghi, como intermediário dos angolanos, e Barquete e Poleto, representando o Prosper. Uma testemunha ouvida pela CPI contou que o banco seria reativado numa parceria de Colnaghi e o Banco Regional do Keve, de Angola. A testemunha afirmou que Colnaghi tinha contatos dentro do governo de Angola e agia como intermediador de negócios. Segundo essa testemunha, o empresário chegou a levar empresas brasileiras para encontros com seu amigo, o ministro de Obras.
O mais bem-sucedido dos cinco é José Roberto Colnaghi, que mantém negócios em Angola até hoje e se apresenta como amigo de uma importante figura do governo angolano, o ministro de Obras e Infra-Estrutura, Higino Carneiro. Colnaghi é dono do avião Sêneca que teria transportado, entre Brasília e Campinas, dólares vindos de Cuba para a campanha de Lula à Presidência em 2002.
Colnaghi tentou, entre 2003 e 2004, fechar negócios com Angola para suas empresas e para pelo menos outras quatro pessoas: Roberto Carlos Kurzweil, Rogério Buratti, Ralf Barquete (já morto) e Vladimir Poleto. Os três últimos foram assessores de Antonio Palocci na prefeitura de Ribeirão Preto. Kurzweil foi apontado, na semana passada, como intermediador que ofereceu a Palocci uma doação de R$ 1 milhão para a campanha de Lula em 2002, oferecida por dois donos de bingos que se apresentam como angolanos.
Por sua assessoria, Colnaghi afirmou que só conhece Buratti, não os outros três. Buratti conta outra história: diz que encontrou com Colnaghi e que outros empresários foram para lá em buscas de negócios.
Lógica da CPI
A CPI acredita que, em novembro de 2003, o presidente Lula prometeu que o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) abriria linhas de créditos para empresários brasileiros investirem naquele país. O que a CPI busca saber é se essa afirmação não tinha, nos amigos de Palocci, personagens previamente carimbados para estabelecer negócios com Angola.
A aventura angolana de Colnaghi vai bem. A CPI dos Bingos já sabe que a Asperbras, do empresário, é fornecedora de uma grande empreiteira. A assessoria dele confirmou que suas empresas fornecem equipamentos agrícolas e industriais para o país desde 2003.
A CPI dos Bingos também está investigando a tentativa, infrutífera, de reativar o pequeno banco de investimentos Equity, do Rio. Fechado em julho de 2002, ele pertence ao Banco Prosper - já investigado por conta das relações com ex-assessores do ministro.
A suspeita da CPI é de que, nas negociações, estariam envolvidos Colnaghi, como intermediário dos angolanos, e Barquete e Poleto, representando o Prosper. Uma testemunha ouvida pela CPI contou que o banco seria reativado numa parceria de Colnaghi e o Banco Regional do Keve, de Angola. A testemunha afirmou que Colnaghi tinha contatos dentro do governo de Angola e agia como intermediador de negócios. Segundo essa testemunha, o empresário chegou a levar empresas brasileiras para encontros com seu amigo, o ministro de Obras.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/336206/visualizar/
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