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Internacional
Sábado - 12 de Novembro de 2005 às 20:04

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O ilegal mas influente grupo Irmãos Muçulmanos denunciou hoje "várias irregularidades" na primeira rodada das eleições parlamentares, realizada na quarta-feira no Egito. Mohammed Habib, o número dois da organização, apontou, além disso, a "clara parcialidade" dos meios de comunicação governamentais a favor dos candidatos do Partido Nacional Democrático (PND), do presidente Hosni Mubarak, que obtiveram 26 das 31 cadeiras concedidas na primeira etapa do pleito.

Na quarta-feira se elegiam 164 deputados dos 454 da Câmara, em oito das 26 províncias do país. O resto dos deputados será eleito em outras duas rodadas eleitorais, em 20 de novembro e 1º de dezembro.

Em entrevista coletiva no Cairo, Habib destacou, entre as "irregularidades", a "compra de votos", "o transporte de eleitores até os colégios eleitorais" e "a demora injustificada" do anúncio oficial dos resultados finais. Segundo ele, todas estas ações foram obra dos candidatos do PND, no poder há mais de 25 anos.

Além disso, reclamou que "os meios de comunicação egípcios, especialmente a televisão, os jornais e as revistas estatais, falam com clara parcialidade a favor do PND e em detrimento da Associação dos Irmãos Muçulmanos".

O dirigente da organização de base religiosa, a mais direta concorrente do partido governamental, pediu à Comissão Suprema Eleitoral que tome as medidas necessárias para evitar que se repitam "as irregularidades da primeira etapa". Entre estas medidas destacou "a apuração de votos na presença de representantes dos candidatos e de observadores".

Na primeira fase das eleições, nenhum dos aspirantes dos partidos da oposição obteve cadeira, e só cinco independentes ganharam, sendo quatro leais aos Irmãos Muçulmanos, que tinha apresentado 52 candidatos.





Fonte: EFE

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