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Programa da coalizão alemã é recebido com decepção e críticas
Berlim 12 nov (EFE).- O programa de Governo apresentado hoje pelos conservadores da CDU/CSU e social-democratas alemães (SPD) causou decepção na classe empresarial e críticas dos partidos que exercerão a oposição no próximo período legislativo.
"A grande coalizão só é grande na elevação de impostos", declarou Guido Westerwelle, presidente dos liberais do FDP que, com 61 cadeiras das 614 do Bundestag (Câmara baixa do Parlamento), tornou-se o principal partido da oposição parlamentar.
O líder do Partido de Esquerda, Lothar Bisky, pronunciou-se em tom parecido ao resumir as medidas econômicas e tributárias anunciadas pela futura coalizão de Governo com a frase: "Os cidadãos comuns é que pagarão." O dirigente do Partido Verde, Fritz Kuhn, afirmou que a "grande coalizão só se destaca por sua desorientação", e chamou o programa de Governo resultante de quatro semanas de negociações de "versão encolhida dos programas dos grandes partidos".
Kuhn criticou praticamente todas as medidas anunciadas pelo novo Executivo e, em especial, a alta dos impostos indiretos. "A elevação dos impostos é uma injustiça em política econômica e uma capitulação na luta contra o desemprego", opinou.
O presidente da Confederação alemã de Câmaras de Indústria e Comércio, Ludwig Georg Braun, também recebeu com distanciamento o acordo de Governo entre a União Democrata-Cristã (CDU), a União Social-Cristã (CSU) e o Partido Social-Democrata (SPD).
"Muito poucas reformas e muitas elevações de impostos", disse Braun e defendeu que, para reativar a economia, é preciso reformas.
"No plano de Governo, não foram anunciadas as reformas necessárias no mercado de trabalho, no sistema de previdência social e no sistema tributário para empresas", acrescentou.
Braun considerou um passo errado a decisão do novo Executivo de aumentar de 16 para 19% o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), pois, no seu entendimento, a medida, unida ao fim dos subsídios, reduzirá o poder aquisitivo da população. "O empurrão de que a Alemanha precisa para a criação de emprego não se produziu", lamentou Braun.
O presidente da confederação de comércio exterior e por atacado, Anton Boerner, disse que "a grande coalizão não gerou, por enquanto, grandes propostas ao comércio", e também não "traz novos ares de mudança, novos investimentos, novos postos de trabalho".
"O Estado enfiará, até o fundo, a mão nos bolsos dos cidadãos e das empresas, o que enfraquecerá ainda mais a conjuntura interna", disse Boerner. EFE ll tm/ta
"A grande coalizão só é grande na elevação de impostos", declarou Guido Westerwelle, presidente dos liberais do FDP que, com 61 cadeiras das 614 do Bundestag (Câmara baixa do Parlamento), tornou-se o principal partido da oposição parlamentar.
O líder do Partido de Esquerda, Lothar Bisky, pronunciou-se em tom parecido ao resumir as medidas econômicas e tributárias anunciadas pela futura coalizão de Governo com a frase: "Os cidadãos comuns é que pagarão." O dirigente do Partido Verde, Fritz Kuhn, afirmou que a "grande coalizão só se destaca por sua desorientação", e chamou o programa de Governo resultante de quatro semanas de negociações de "versão encolhida dos programas dos grandes partidos".
Kuhn criticou praticamente todas as medidas anunciadas pelo novo Executivo e, em especial, a alta dos impostos indiretos. "A elevação dos impostos é uma injustiça em política econômica e uma capitulação na luta contra o desemprego", opinou.
O presidente da Confederação alemã de Câmaras de Indústria e Comércio, Ludwig Georg Braun, também recebeu com distanciamento o acordo de Governo entre a União Democrata-Cristã (CDU), a União Social-Cristã (CSU) e o Partido Social-Democrata (SPD).
"Muito poucas reformas e muitas elevações de impostos", disse Braun e defendeu que, para reativar a economia, é preciso reformas.
"No plano de Governo, não foram anunciadas as reformas necessárias no mercado de trabalho, no sistema de previdência social e no sistema tributário para empresas", acrescentou.
Braun considerou um passo errado a decisão do novo Executivo de aumentar de 16 para 19% o Imposto sobre o Valor Agregado (IVA), pois, no seu entendimento, a medida, unida ao fim dos subsídios, reduzirá o poder aquisitivo da população. "O empurrão de que a Alemanha precisa para a criação de emprego não se produziu", lamentou Braun.
O presidente da confederação de comércio exterior e por atacado, Anton Boerner, disse que "a grande coalizão não gerou, por enquanto, grandes propostas ao comércio", e também não "traz novos ares de mudança, novos investimentos, novos postos de trabalho".
"O Estado enfiará, até o fundo, a mão nos bolsos dos cidadãos e das empresas, o que enfraquecerá ainda mais a conjuntura interna", disse Boerner. EFE ll tm/ta
Fonte:
EFE
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