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Internacional
Sábado - 12 de Novembro de 2005 às 12:55
Por: Sue Pleming e Dominic Evans

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A secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, tentou vencer neste sábado o ceticismo árabe quanto ao cronograma de reformas proposto pelos Estados Unidos no Oriente Médio e criticou a Síria por violação dos direitos humanos no país.

Rice, que colocou a promoção da democracia no centro de sua política internacional, reuniu-se com ministros e organizações não-governamentais do Oriente Médio, África e Europa para o encontro "Fórum para o Futuro" sobre reformas políticas e econômicas.

"Dizemos com humildade, não com arrogância, que vale a pena ter democracia, mesmo sendo difícil conquistá-la", disse. A chefe da diplomacia norte-americana criticou a arquiinimiga Síria e exigiu a libertação do ativista Kamal Labwani, que foi detido na Síria este mês ao voltar de uma visita aos Estados Unidos.

"Continuamos a apoiar as aspirações do povo sírio por liberdade, democracia e justiça sob os princípios da lei; gostaríamos de ver um fim às prisões arbitrárias", disse Rice. As tensões entre os governos dos Estados Unidos e da Síria aumentaram nos últimos meses, com acusações de que a Síria permitiu que combatentes estrangeiros atravessassem o país para entrar no Iraque e por não estar cooperando com uma investigação da ONU sobre o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik al-Hariri.

IMPORTAÇÃO DE DEMOCRACIA

Líderes árabes ressaltaram que os Estados Unidos não deveriam tentar impor sua própria forma de democracia no Oriente Médio, e o ministro das Relações Exteriores do Bahrein, xeque Khaled bin Ahmed al-Khalifa, disse que as reformas precisavam ser feitas internamente.

"Uma reforma bem-sucedida exige esforços a longo prazo que surjam da capacidade dos países da região e não podem ser importadas", disse.

Rice disse que os atentados da semana passada na Jordânia ressaltavam a necessidade de reformas no Oriente Médio.

"Isso torna ainda mais urgente o fato do nosso trabalho ter uma resposta às ideologias de ódio que produzem o tipo de violência que vimos na Jordânia", disse.

Rice listou mudanças democráticas no Líbano, Afeganistão, Egito e Kweit, entre outros, mas disse que era necessário fazer muito mais na região.

"Trabalhamos muito e chegamos muito longe até agora como parceiros para ficarmos satisfeitos com estes ganhos iniciais. As metas de democracia não são atingidas com uma demonstração ou uma única eleição", disse Rice.





Fonte: Reuters

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