Infineon atinge novo marco tecnológico em chips

A Infineon anunciou hoje que começou a produção em alto volume de chips padronizados de memória DRAM com tecnologia de 90 nanômetros, em bolachas de 300 milímetros, na sua fábrica de Dresden. A empresa havia informado anteriormente que esperava iniciar a produção com esse tipo de tecnologia no segundo semestre do ano. Mas antecipou-se e deu um passo vital para reduzir custos de produção e a distância que a separa da líder do setor, a Samsung.

Pelo final de maio, cerca de cinco por cento de sua produção mundial de chips DRAM foi convertida da tecnologia de 110 nanômetros para a de 90 nanômetros, anunciou a maior fabricante de chips da Europa em comunicado. Cada nova geração de tecnologia de produção de chips ¿ como a adoção de estruturas menores, de 90 nanômetros, em lugar dos modelos de 110 nanômetros ¿ amplia o número de chips que pode ser produzido com cada bolacha de silício. Um nanômetro equivale a um bilionésimo de metro, ou uma espessura 10 mil vezes inferior à de um fio de cabelo humano.

A Inotera Memories, joint venture entre a Infineon e a Nanya Tech, fabricante de chips de memória em Taiwan, também está iniciando a transição para a tecnologia de 90 nanômetros, anunciou a Infineon. A Infineon e a Nanya agora obtiveram aprovação dos chips de 90 nanômetros que desenvolveram em parceria junto aos seus maiores clientes, entre os quais a Intel, maior fabricante mundial de microprocessadores.

"Com a qualificação dos produtos DRAM avançados produzidos com tecnologia de 90 nanômetros, atingimos um importante marco na direção da liderança em termos de produto e tecnologia, e elevamos a produtividade em nossa fabricação de chips DRAM", afirmou Andreas von Zitzewits, diretor da divisão de memória da Infineon, em comunicado.

Reduções dessa ordem no tamanho dos circuitos de um chip significam que os chips mesmos se tornam menores, e sua produção se torna mais barata ¿vantagem essencial para os fabricantes de chips DRAM, os quais competem basicamente em termos de custo, já que os chips são padronizados e comercializados como se fossem commodities.