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Cidades/Geral
Terça - 18 de Dezembro de 2012 às 12:07

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Os pais de uma criança de Anápolis querem saber o que aconteceu com o filho no primeiro dia de aula em um berçário da cidade em janeiro deste ano. Quando foram buscar o bebê, que tinha cinco meses, ele estava cheio de hematomas e feridas na barriga e pernas. Na época os pais não quiseram falar para preservar a criança e também porque o processo está em segredo de Justiça. Na segunda-feira (17), eles decidiram tornar o caso público para evitar que provas sejam perdidas.

Na ocasião, a coordenadora do berçário ligou para contar que o bebê dela tinha sido agredido por outra criança com um brinquedo. “Disseram que o deixaram em um quartinho com a porta entreaberta, que não se sabe como, outra criança entrou, um pouco maior, mais velha, e com um objeto. Um cavalinho de plástico, daqueles, grossos, que as crianças arrastam pelo chão, com aquele objeto desferiu golpes”, relata a mãe do bebê, que preferiu não ser identificada.

No mesmo dia, a criança passou por exame de corpo delito. O laudo confirmou a agressão por objeto contundente e lesões cortantes, mas a mãe acredita que uma criança menor de 2 anos não teria força para causar os ferimentos. “Me assusta muito a possibilidade, de talvez, ter sido um adulto”, conta a mãe.

Hospital
O que mais intriga a família é que bem em frente ao berçário funciona um hospital e, segundo a mãe, em momento algum a coordenadora ou os funcionários levaram a criança para ser atendida. “Eles foram incapazes de levar o meu filho até lá”, critica a mãe da criança agredida.

Atualmente no local funciona apenas uma escola. O berçário foi transferido para um novo prédio. O que para o advogado da família, Wilson Velasco, pode ter atrapalhado as investigações, porque nem todas as perícias puderam ser feitas no antigo berçário. “No endereço anterior, o perito que realizou a perícia por último não conseguiu fotografar os antigos berços onde as crianças ficavam. E no local novo onde a perícia foi realizada é um local que, pelas fotos, você visualiza que foi um local recém-reformado, os berços recém-adquiridos, então, é outro ambiente”, deduz.

O caso é investigado pelo promotor Marcelo Henrique dos Santos, do Ministério Público de Anápolis. “Há uma série de informações importantes, para efeito de continuidade da instrução, a que nós ainda não tivemos acesso. Eu tenho ciência oficiosa de que esse laudo já foi juntado ao processo e o próximo passo é que ele venha para que a gente se manifeste sobre isso”, afirma o promotor.

Por telefone, a coordenação da escola disse que aguarda o fim da investigação para se pronunciar e se realmente for provado a culpa, vai assumir toda a responsabilidade.






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