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Villepin e Chirac discutem formação do governo francês
O novo primeiro-ministro francês, Dominique de Villepin, se reuniu nesta quinta-feira pela terceira vez em dois dias com o chefe de Estado, Jacques Chirac, para discutir a formação do novo governo.
A reunião durou mais de duas horas e o primeiro-ministronão quis falar com a imprensa sobre a data do anúncio do novo governo.
Villepin, em sua primeira entrevista transmitida pela televisão desde sua nomeação por Chirac na terça-feira passada, disse na quarta-feira à noite que a composição do Executivo deveria ser divulgada "até sexta-feira", mas não quis dar nenhuma pista sobre seus possíveis integrantes.
Sabe-se, porém, que o "número dois" do Executivo será Nicolas Sarkozy, que pretende substituir Chirac no Palácio do Eliseu nas eleições presidenciais do 2007. Sarkozy manterá seu cargo de presidente do partido conservador governante União por um Movimento Popular mesmo participando do governo.
A dupla Villepin-Sarkozy suscitou um forte ceticismo entre os analistas, e críticas e sarcasmos entre a oposição, por se tratar de dois homens com estilos e convicções muito diferentes em várias questões: o primeiro é defensor do "modelo social francês", e o segundo é liberal e atlantista.
Em resposta a estas dúvidas na entrevista televisada, que foi vista por mais de 9 milhões de telespectadores (42% da audiência), Villepin disse estar feliz por poder contar em sua equipe com "o talento" de Sarkozy, e afirmou que os dois são unidos pelo "interesse da França e dos franceses".
Esta afirmação não convenceu François Bayrou, líder do partido centro-liberal UDF, que afirmou nesta quinta-feira que "um navio com dois capitães não pode funcionar" e que a dupla representará um duro e contínuo teste para a necessária coesão de todo o governo.
Antes de Villepin ir ao Palácio do Eliseu para se reunir com Chirac, o ex-primeiro-ministro Alain Juppé visitou a sede do governo, provavelmente para se reunir com o novo chefe do Executivo.
Villepin foi diretor de gabinete de Juppé quando ele era ministro de Exteriores entre 1993 e 1995, antes que Chirac, após sua chegada ao Palácio do Eliseu, o nomeasse primeiro-ministro.
A luta contra o desemprego será a prioridade do novo governo, prometeu Villepin na quarta-feira, sem especificar que receitas pensa aplicar para criar mais vagas no mercado de trabalho francês.
Villepin, que se descreve como "pragmático", se deu "100 dias para devolver a confiança aos franceses", após o enfático "não" no plebiscito sobre a Constituição européia no domingo passado na França, seguido ontem pela rejeição ainda mais forte dos holandeses ao texto.
Segundo uma pesquisa do Instituto Ipsos publicada nesta quinta-feira pelo Le Monde, 57% dos franceses acreditam que Villepin não conseguirá devolver a eles a confiança nos próximos meses, frente a 36% que opinam o contrário.
Cerca de 40% dos questionados desaprovam a nomeação de Villepin como primeiro-ministro, contra 36% que a aprovam. Por outro lado, a volta de Sarkozy ao ministério do Interior é aplaudida por 56% dos franceses, enquanto 34% deles a criticam.
Os franceses estão divididos por igual sobre se Villepin e Sarkozy poderão trabalhar juntos e, embora desejem uma profunda mudança na política econômica e social, só 20% deles acreditam que o primeiro-ministro optará por mudanças "em profundidade", e 33% acreditam que Villepin optará pelo continuísmo de seu impopular antecessor, Jean-Pierre Raffarin.
A reunião durou mais de duas horas e o primeiro-ministronão quis falar com a imprensa sobre a data do anúncio do novo governo.
Villepin, em sua primeira entrevista transmitida pela televisão desde sua nomeação por Chirac na terça-feira passada, disse na quarta-feira à noite que a composição do Executivo deveria ser divulgada "até sexta-feira", mas não quis dar nenhuma pista sobre seus possíveis integrantes.
Sabe-se, porém, que o "número dois" do Executivo será Nicolas Sarkozy, que pretende substituir Chirac no Palácio do Eliseu nas eleições presidenciais do 2007. Sarkozy manterá seu cargo de presidente do partido conservador governante União por um Movimento Popular mesmo participando do governo.
A dupla Villepin-Sarkozy suscitou um forte ceticismo entre os analistas, e críticas e sarcasmos entre a oposição, por se tratar de dois homens com estilos e convicções muito diferentes em várias questões: o primeiro é defensor do "modelo social francês", e o segundo é liberal e atlantista.
Em resposta a estas dúvidas na entrevista televisada, que foi vista por mais de 9 milhões de telespectadores (42% da audiência), Villepin disse estar feliz por poder contar em sua equipe com "o talento" de Sarkozy, e afirmou que os dois são unidos pelo "interesse da França e dos franceses".
Esta afirmação não convenceu François Bayrou, líder do partido centro-liberal UDF, que afirmou nesta quinta-feira que "um navio com dois capitães não pode funcionar" e que a dupla representará um duro e contínuo teste para a necessária coesão de todo o governo.
Antes de Villepin ir ao Palácio do Eliseu para se reunir com Chirac, o ex-primeiro-ministro Alain Juppé visitou a sede do governo, provavelmente para se reunir com o novo chefe do Executivo.
Villepin foi diretor de gabinete de Juppé quando ele era ministro de Exteriores entre 1993 e 1995, antes que Chirac, após sua chegada ao Palácio do Eliseu, o nomeasse primeiro-ministro.
A luta contra o desemprego será a prioridade do novo governo, prometeu Villepin na quarta-feira, sem especificar que receitas pensa aplicar para criar mais vagas no mercado de trabalho francês.
Villepin, que se descreve como "pragmático", se deu "100 dias para devolver a confiança aos franceses", após o enfático "não" no plebiscito sobre a Constituição européia no domingo passado na França, seguido ontem pela rejeição ainda mais forte dos holandeses ao texto.
Segundo uma pesquisa do Instituto Ipsos publicada nesta quinta-feira pelo Le Monde, 57% dos franceses acreditam que Villepin não conseguirá devolver a eles a confiança nos próximos meses, frente a 36% que opinam o contrário.
Cerca de 40% dos questionados desaprovam a nomeação de Villepin como primeiro-ministro, contra 36% que a aprovam. Por outro lado, a volta de Sarkozy ao ministério do Interior é aplaudida por 56% dos franceses, enquanto 34% deles a criticam.
Os franceses estão divididos por igual sobre se Villepin e Sarkozy poderão trabalhar juntos e, embora desejem uma profunda mudança na política econômica e social, só 20% deles acreditam que o primeiro-ministro optará por mudanças "em profundidade", e 33% acreditam que Villepin optará pelo continuísmo de seu impopular antecessor, Jean-Pierre Raffarin.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/336528/visualizar/
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