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Internacional
Quinta - 02 de Junho de 2005 às 08:20

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Ramala - "Com sangue e com fogo nos sacrificamos por vocês prisioneiros", cantavam esta manhã dezenas de palestinos nas imediações da localidade de Betunia, perto da cidade Ramala, na Cisjordânia, saudando a chegada de dois ônibus com alguns dos 400 presos libertados pelo governo israelense.

Os assobios e cânticos aumentavam à medida que os ônibus se aproximavam do local onde os presos seriam libertados. Os presos, que levavam bandeiras palestinas, faziam o sinal da vitória com os dedos.

Enquanto isso, centenas de presos palestinos chegavam em outros ônibus israelenses nos cinco pontos limítrofes com a Cisjordânia e Gaza, em meio a emoção de seus familiares e amigos que os esperavam ansiosamente.

Com bandeiras palestinas, do movimento Fatah e do Clube de Prisioneiros Palestinos, os familiares e amigos os abraçavam emocionados depois da barreira erguida pelas forças de segurança israelenses.

Na passagem fronteiriça de Erez, ao norte da Faixa de Gaza, Hisham Abdel Razeq, representante da Associação de Presos Palestinos, e Sofyan abu Zayda, ministro para os Assuntos de Presos, aguardavam a chegada dos 18 prisioneiros residentes nesse território.

Abu Zayda disse aos jornalistas que a decisão de Israel de libertar presos palestinos é unilateral, e que durante a última reunião da comissão mista, realizada há mais de uma semana, não se mencionou nada sobre a libertação dos 400 prisioneiros. Ele acrescentou que a Autoridade Nacional Palestina (ANP) insistiu que todos os presos palestinos em Israel - cerca de 8 mil -, devem ser libertados sem importar qual sua afiliação política. Insistiu que aqueles presos antes dos Acordos de Oslo (1993) devem ser postos em liberdade.

"Não estamos contra a libertação de qualquer palestino, mas a ação de Israel hoje é unilateral. Queremos coordenar estas questões a fim de poder intervir nos critérios dos israelenses para libertar nossos prisioneiros", explicou Abu Zayda.

A maior parte dos 400 presos libertados cumpriram pelo menos dois terços de suas condenações e são membros do movimento governista Fatah e do grupo islâmico Hamas.





Fonte: EFE

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