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Internacional
Quarta - 01 de Junho de 2005 às 19:50

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O primeiro-ministro holandês, Jan-Peter Balkenende, reconheceu que a maioria dos holandeses rejeitou a Constituição européia no plebiscito realizado hoje. "Estou decepcionado, não estou contente com o resultado porque o gabinete defendia o ´sim' (à Constituição), disse o primeiro-ministro numa coletiva exibida pela televisão pública NOS. "Os cidadãos nos deram um sinal inequívoco e o respeitaremos", assegurou.

Segundo pesquisa de boca-de-urna divulgada pela NOS, imediatamente após o fechamento das zonas eleitorais, 63% dos holandeses que foram às urnas hoje disseram "não" à Constituição européia.

Depois da França, a Holanda se transforma no segundo país da União Européia cuja população rejeita o projeto da primeira Constituição da Europa unida.

A participação foi de 62% do eleitorado, segundo a mesma pesquisa realizada pelo instituto de pesquisas Interview-Nss a pedido da televisão pública. A NOS indica em seu site que o nível tão alto de participação obrigará o Parlamento a considerar o resultado vinculativo.

Em declarações na TV, o membro da Câmara alta Hans Van Baalen, dos liberais de direita (VVD, no Governo), disse que o "sim" começou muito tarde sua campanha e que os partidários do "não" foram "mais claros" em suas mensagens.

Para o político, os holandeses acreditam que o processo da União Européia (UE) "está muito rápido" e não têm uma visão global de seu rumo. Por sua parte, Geert Wilders, do Grupo Wilders e forte partidário do "não", afirmou que os holandeses não têm nada contra a UE, mas "simplesmente não querem renunciar à sua identidade".

"Temos que moderar essa aventura política", acrescentou. O desafio agora, segundo o político, consiste em refletir sobre o papel da Europa e da Holanda. O resultado também demonstraria que "há muitas coisas que vão mal na política holandesa".





Fonte: EFE

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