EUA advertem vizinhos do Iraque a não tratarem de Zarqawi

O secretário da Defesa dos Estados Unidos, Donald Rumsfeld, advertiu na quarta-feira os países vizinhos do Iraque a não fornecerem ajuda médica ao líder da Al Qaeda no país, Abu Musab al-Zarqawi. O Pentágono acredita que ele esteja ferido. "A suposição atual é de que ele está no Iraque. Se um país vizinho o receber e der assistência médica ou abrigo a ele...obviamente estaria se associando com uma importante ligação na rede da Al Qaeda e com uma pessoa que tem grande quantidade de sangue em suas mãos", disse Rumsfeld em uma coletiva no Pentágono.

Rumsfeld não entrou em detalhes sobre quais seriam as consequências possíveis para um país que fornecesse ajuda médica para o extremista de origem jordaniana, que vem sendo acusado de liderar uma série de ataques suicidas, emboscadas e assassinatos no Iraque.

O país faz fronteira com a Síria, o Irã, a Jordânia, o Kuweit, a Turquia e a Arábia Saudita.

O general Richard Myers, chefe do Estado-Maior das Forças Armadas dos EUA, disse que "nossa avaliação é de que ele foi ferido", embora não se saiba quão gravemente.

"A melhor suposição é a de que ele foi ferido no oeste do Iraque, próximo à fronteira síria. E acreditamos nisso, porque as notícias colocadas no site, nos sites deles, parecem ser consistentes com outras coisas que nós descobrimos ser verdade", disse Myers.

O jornal Sunday Times de Londres divulgou que Zarqawi tinha estilhaços no peito e poderia ter sido transferido para o Irã. O jornal afirmou que ele foi ferido há três semanas, quando um míssil dos EUA atingiu seu comboio perto da cidade iraquiana de Qaim, perto da fronteira síria, e que seus partidários poderiam tentar levá-lo a outro país para submetê-lo a uma cirurgia