Edílson pode ser um brincalhão, mas fala sério quando relembra as embaixadinhas da final do Campeonato Paulista de 1999, quando defendia o Corinthians. O "Capetinha" revelou ter insistido no pedido de desculpas ao Palmeiras e seus torcedores, mas não foi ouvido. Naquele clássico, o atacante recebeu uma bola na lateral e ficou fazendo graça, até causar a ira dos adversários - o placar (2 a 2) dava o título ao Alvinegro. A partida terminou em pancadaria.
- Já pedi milhões de desculpas, mas a torcida não aceita. Quem me conhece sabe que eu sou assim, que eu brincava de ficar fazendo embaixadinha, de ficar sacaneando e jogar pelas canetas dos jogadores. No treino eu fazia aquilo - disse, no Bem, Amigos!.
Ao relembrar a situação, Edílson explicou como tomou a decisão de fazer as embaixadinhas, no momento em que conversava com o técnico Osvaldo de Oliveira sobre uma substituição.
- Eu estava querendo saber quem o Osvaldo ia tirar para poder dar uma opinião. Eu, do lado do campo, e estou sozinho e a bola vem. Sem saber o que fazer, pego a bola e começo a fazer embaixadinha, do lado do campo, nem estou no ataque, e veio a embaixadinha e a confusão toda.
Apesar de nunca ter conseguido o perdão dos palmeirenses, Edílson revelou um carinho especial pelo Verdão, clube que defendeu antes de brilhar no rival - ele foi fundamental no título do Brasileiro de 1999 e na conquista do primeiro Mundial do Timão, em 2000.
- Sempre agradeci ao Palmeiras por tudo que me deu. Comecei minha carreira e a ser reconhecido nacionalmente e mundialmente pelo Palmeiras, quando saí do Guarani para ir para um time de nome, de peso. Fui ganhando meu espaço no Palmeiras e ele me deu esta oportunidade. Agradeço muito.
Recentemente, Edílson reencontrou a torcida palmeirense na despedida do goleiro Marcos. Mesmo em um jogo festivo, os torcedores implicaram com o Capetinha. Ele revelou que Paulo Nunes, que atuava no Palmeiras e foi um dos protagonistas da confusão, chegou a sugerir que repetisse as embaixadinhas na partida, mesmo que por brincadeira. Ele não topou.
- O Paulo Nunes, por incrível que pareça, combinou comigo para eu fazer embaixadinha de novo. Falei: a festa é do Marcos e a torcida do Palmeiras ali, me xingando, e você querendo que eu faça embaixadinha? - contou, arrancando risadas
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