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Oposição considera novo primeiro-ministro "provocação" de Chirac
A oposição de esquerda considerou a nomeação de Dominique de Villepin para primeiro-ministro da França nesta terça-feira uma "provocação" e uma "ofensa" do presidente, Jacques Chirac.
O novo nome foi anunciado dois dias depois dos franceses dizerem "não" à Constituição européia em plebiscito.
Villepin assumiu o cargo nesta tarde. O primeiro-ministro anterior era Jean-Pierre Raffarin. Tudo indica que o Executivo terá como "número dois" o líder do partido conservador governante União por um Movimento Popular (UMP), Nicolas Sarkozy, que na campanha defendeu o "liberalismo".
As críticas à decisão de Chirac vieram tanto do lado dos que defendiam o "sim", predominantemente de esquerda, quanto dos que votaram pelo "não".
Marie-George Buffet, líder do Partido Comunista que fez campanha contra a Constituição, pediu eleições antecipadas para "devolver a palavra" ao povo francês e tachou um "governo Villepin co-dirigido por Sarkozy" como "provocação contra a soberania popular".
Em comunicado, Buffet se mostrou contra a nomeação de um "ardente defensor" da Constituição "liberal" que foi "maciçamente rejeitada" pelos franceses no plebiscito, e classificou Sarkozy como "ponta de lança do liberalismo" que os franceses "já não suportam", como "ficou claro no domingo".
"É a eles que as rédeas do país estão sendo entregues. Não é possível continuar assim", sentenciou a líder comunista.
Para a direção do dividido Partido Socialista (PS), a nomeação de Villepin é uma mera "dança das cadeiras", uma "reconfiguração" da equipe Raffarin e uma "grande ascensão" para quem aconselhou Chirac, em 1997, a dissolver a câmara dos deputados.
"Não se resolve uma crise de regime com pessoas fracas", sentenciou o chefe do grupo socialista na câmara dos deputados, Jean-Marc Ayrault, que disse, ainda, que a volta de Sarkozy ao Executivo seria "uma verdadeira palhaçada".
Noël Mamère, do Partido Verde, que também votou pelo "sim" no plebiscito e que pede eleições antecipadas, disse que o retorno de Sarkozy ao governo pode representar a volta da imposição política.
A direção do Partido Verde acusou Chirac de "insultar" os franceses e prometeu ficar "mais atenta e mobilizada do que nunca" para se opor à uma política que "submete os franceses a maiores dificuldades".
Um dos socialistas que se opôs a Constituição européia, Arnaud de Montebourg, denunciou o "erro histórico" de Chirac ao nomear como primeiro-ministro um homem que "não sabe o significado de sufrágio universal" e que, tendo vivido entre "embaixadas" e "palácios presidenciais", "não conhece seu país".
Outro defensor do "não", o soberanista de direita, líder do Movimento pela França, Philippe de Villiers, classificou a nomeação como "negação da democracia".
O novo nome foi anunciado dois dias depois dos franceses dizerem "não" à Constituição européia em plebiscito.
Villepin assumiu o cargo nesta tarde. O primeiro-ministro anterior era Jean-Pierre Raffarin. Tudo indica que o Executivo terá como "número dois" o líder do partido conservador governante União por um Movimento Popular (UMP), Nicolas Sarkozy, que na campanha defendeu o "liberalismo".
As críticas à decisão de Chirac vieram tanto do lado dos que defendiam o "sim", predominantemente de esquerda, quanto dos que votaram pelo "não".
Marie-George Buffet, líder do Partido Comunista que fez campanha contra a Constituição, pediu eleições antecipadas para "devolver a palavra" ao povo francês e tachou um "governo Villepin co-dirigido por Sarkozy" como "provocação contra a soberania popular".
Em comunicado, Buffet se mostrou contra a nomeação de um "ardente defensor" da Constituição "liberal" que foi "maciçamente rejeitada" pelos franceses no plebiscito, e classificou Sarkozy como "ponta de lança do liberalismo" que os franceses "já não suportam", como "ficou claro no domingo".
"É a eles que as rédeas do país estão sendo entregues. Não é possível continuar assim", sentenciou a líder comunista.
Para a direção do dividido Partido Socialista (PS), a nomeação de Villepin é uma mera "dança das cadeiras", uma "reconfiguração" da equipe Raffarin e uma "grande ascensão" para quem aconselhou Chirac, em 1997, a dissolver a câmara dos deputados.
"Não se resolve uma crise de regime com pessoas fracas", sentenciou o chefe do grupo socialista na câmara dos deputados, Jean-Marc Ayrault, que disse, ainda, que a volta de Sarkozy ao Executivo seria "uma verdadeira palhaçada".
Noël Mamère, do Partido Verde, que também votou pelo "sim" no plebiscito e que pede eleições antecipadas, disse que o retorno de Sarkozy ao governo pode representar a volta da imposição política.
A direção do Partido Verde acusou Chirac de "insultar" os franceses e prometeu ficar "mais atenta e mobilizada do que nunca" para se opor à uma política que "submete os franceses a maiores dificuldades".
Um dos socialistas que se opôs a Constituição européia, Arnaud de Montebourg, denunciou o "erro histórico" de Chirac ao nomear como primeiro-ministro um homem que "não sabe o significado de sufrágio universal" e que, tendo vivido entre "embaixadas" e "palácios presidenciais", "não conhece seu país".
Outro defensor do "não", o soberanista de direita, líder do Movimento pela França, Philippe de Villiers, classificou a nomeação como "negação da democracia".
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/336885/visualizar/
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