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Nacional
Terça - 31 de Maio de 2005 às 17:25
Por: Flavio Leonel

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São Paulo - O presidente nacional do PSDB, senador Eduardo Azeredo (MG), afirmou nesta terça-feira, em entrevista à Rádio Eldorado, que a grande insistência do governo federal em tentar barrar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) Mista dos Correios, em Brasília, mostra que o Executivo teme a instalação da comissão no Congresso. "Se o governo insiste em negar as evidências, em usar todas as estratégias para tentar derrubar a CPI, isso mostra que ele está com muito receio. É como diz o ditado popular: Quem não deve, não teme", comentou o senador, em referência à tentativa do governo assumir o controle da comissão mista, com a obtenção da presidência e a relatoria da CPI.

Azeredo disse que a oposição continuará desempenhando o papel de fiscalizar o governo e negou que exista a intenção de usar a CPI como um "palanque eleitoral". "O PSDB quer que estes fatos sejam investigados. O objetivo é que não haja o mau uso do dinheiro público", argumentou. "Acreditamos que o governo não vá se colocar nesta posição incoerente. O PT era realmente sempre muito ágil nas suas críticas e, agora que virou governo, o PT se acomodou. Mudou bastante e não tem mais aquela indignação do passado."

O presidente do PSDB reconheceu que o ambiente no Congresso poderá ficar um pouco mais tenso com a possibilidade de instalação de CPIs, mas descartou a hipótese de paralisação das atividades na Câmara e no Senado por conta das investigações. "O Congresso pode funcionar normalmente com essas comissões no Plenário."

Azeredo lembrou que as denúncias de irregularidades nos Correios são o terceiro fato relevante de suposta corrupção no governo Luiz Inácio Lula da Silva. "Tivemos o Caso Waldomiro (Diniz) e o fato dos Vampiros da Saúde. Após dois anos e meio, é chegado o momento que, após três casos mais graves, possa haver uma investigação mais ampla, buscando-se terminar com essas relações de barganhas políticas que acabam corrompendo a credibilidade do governo Lula", opinou.





Fonte: Agência Estado

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