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Hamas vai boicotar repetição de eleição em Gaza
Militantes do Hamas anunciaram na terça-feira um boicote à repetição das eleições municipais em algumas cidades da Faixa de Gaza, acirrando a tensão com o partido Fatah, do presidente Mahmoud Abbas.
Abbas quer que o Hamas, que havia vencido as eleições canceladas devido a denúncias de irregularidades feitas pela Fatah, institucionalize sua atuação, a fim de consolidar o cessar-fogo acertado com Israel e atrair mais apoio para as negociações de paz.
O Hamas e a Fatah também estão em atrito por causa do provável adiamento da eleição parlamentar de 17 de julho, na qual a facção islâmica deve obter um bom resultado.
Na semana passada, a mediação egípcia não conseguiu resolver a polêmica em torno das eleições municipais de 5 de maio. Por isso, uma repetição parcial do pleito foi marcada para quarta-feira.
"O Hamas decidiu não participar, porque a Fatah se recusa a dar qualquer garantia de uma eleição justa", disse o porta-voz do grupo Sami Abu Zuhri em entrevista coletiva na Cidade de Gaza.
"O Hamas está convocando a nossa gente a boicotar o processo. Não vamos reconhecer o resultado. O Hamas tem o direito de usar todos os meios para defender suas vitórias [da votação de 5 de maio]. Esta crise é responsabilidade apenas da Fatah."
O conflito com o Hamas pode prejudicar a aproximação de Abbas com Israel. O Hamas está respeitando a trégua, graças a um acordo que previa mais divisão de poderes na Autoridade Palestina por meio de eleições.
A Justiça cancelou a vitória do Hamas em alguns distritos de importantes municípios da Faixa de Gaza, como Rafah, Beit Lahiya e Al Bureij. A Fatah havia apontado fraude, embora observadores internacionais tenham dito que não há sinais disso.
Segundo o Hamas, a decisão judicial foi "uma tática política para roubar a nossa vitória". Dezenas de milhares de simpatizantes do grupo fizeram manifestações nas ruas, agravando a preocupação com disputas entre as facções.
No domingo, o Hamas disse que aceitaria a repetição da votação desde que houvesse um prazo de um mês. A Fatah teria concordado, mas recuado horas depois. A facção governista não comentou o assunto.
O Hamas participou da política eleitoral pela primeira vez neste ano, obtendo vitórias na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e se preparando para a eleição parlamentar de julho.
Mas dirigentes da Fatah disseram na semana passada que a votação de julho pode ser adiada porque o partido discorda nas mudanças de legislação propostas por Abbas para dar maiores chances de que grupos menos expressivos, como o próprio Hamas, elejam deputados.
O Hamas disse que sua adesão ao cessar-fogo depende do resultado dessa manobra da Fatah.
Abbas quer que o Hamas, que havia vencido as eleições canceladas devido a denúncias de irregularidades feitas pela Fatah, institucionalize sua atuação, a fim de consolidar o cessar-fogo acertado com Israel e atrair mais apoio para as negociações de paz.
O Hamas e a Fatah também estão em atrito por causa do provável adiamento da eleição parlamentar de 17 de julho, na qual a facção islâmica deve obter um bom resultado.
Na semana passada, a mediação egípcia não conseguiu resolver a polêmica em torno das eleições municipais de 5 de maio. Por isso, uma repetição parcial do pleito foi marcada para quarta-feira.
"O Hamas decidiu não participar, porque a Fatah se recusa a dar qualquer garantia de uma eleição justa", disse o porta-voz do grupo Sami Abu Zuhri em entrevista coletiva na Cidade de Gaza.
"O Hamas está convocando a nossa gente a boicotar o processo. Não vamos reconhecer o resultado. O Hamas tem o direito de usar todos os meios para defender suas vitórias [da votação de 5 de maio]. Esta crise é responsabilidade apenas da Fatah."
O conflito com o Hamas pode prejudicar a aproximação de Abbas com Israel. O Hamas está respeitando a trégua, graças a um acordo que previa mais divisão de poderes na Autoridade Palestina por meio de eleições.
A Justiça cancelou a vitória do Hamas em alguns distritos de importantes municípios da Faixa de Gaza, como Rafah, Beit Lahiya e Al Bureij. A Fatah havia apontado fraude, embora observadores internacionais tenham dito que não há sinais disso.
Segundo o Hamas, a decisão judicial foi "uma tática política para roubar a nossa vitória". Dezenas de milhares de simpatizantes do grupo fizeram manifestações nas ruas, agravando a preocupação com disputas entre as facções.
No domingo, o Hamas disse que aceitaria a repetição da votação desde que houvesse um prazo de um mês. A Fatah teria concordado, mas recuado horas depois. A facção governista não comentou o assunto.
O Hamas participou da política eleitoral pela primeira vez neste ano, obtendo vitórias na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e se preparando para a eleição parlamentar de julho.
Mas dirigentes da Fatah disseram na semana passada que a votação de julho pode ser adiada porque o partido discorda nas mudanças de legislação propostas por Abbas para dar maiores chances de que grupos menos expressivos, como o próprio Hamas, elejam deputados.
O Hamas disse que sua adesão ao cessar-fogo depende do resultado dessa manobra da Fatah.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/336994/visualizar/
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