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Holanda se aproxima do "não" na véspera do plebiscito
Haia - As pesquisas de opinião mais recentes indicam a influência da onda expansiva do "não" francês sobre os eleitores holandeses. De acordo com dados do instituto Maurice de Hond, 59% dos holandeses votarão contra a Constituição européia, enquanto 41% deles votarão a favor.
O temor de um contágio do "não" francês cresce na Holanda faltando apenas um dia para o plebiscito, em meio ao cansaço por causa da estagnação econômica, do desafio da imigração e do medo, como país pequeno, de ficar diluído em um super-Estado europeu, o que divide a política nacional.
No sábado, antes do plebiscito francês, os números estimados pelo mesmo instituto indicavam 57% dos votos contra e 43% a favor. A mesma tendência do aumento do "não" foi constatada pela empresa de pesquisas Interview-NSS, que prevê que 60% dos eleitores (eram 56% na semana passada) votarão contra o Tratado e 40% (4% a menos que na semana passada) deles votarão a favor.
"Não" reflete insatisfação O previsível voto negativo da Holanda à Constituição tem suas raízes, como na França, em um contexto de insatisfação com a política nacional, instabilidade econômica e o desejo dos cidadãos de diminuir a distância entre a elite política e a base social.
O governo de centro-direita liderado pelo democrata-cristão Jan Peter Balkenende conta, segundo as pesquisas, com uma baixo nível de confiança, em parte devido às medidas de economia adotadas para recuperar os níveis macroeconômicos, inclusive à custa de cortes em medidas sociais, tão apreciadas entre os holandeses.
Neste contexto, os partidários do "não" advertem que um voto positivo mina o já decrescente estado social holandês, principalmente diante da ameaça de fluxos de trabalhadores dos países do leste, dispostos a trabalhar mais horas e a oferecer mão-de-obra barata, o que reduziria os salários holandeses.
Os partidários do "não" argumentam que um "sim" à Constituição causará a perda da influência dos países pequenos (como a Holanda) na tomada de decisões européias. A Holanda também perderá sua característica política de tolerância dos locais, onde se podem consumir drogas leves, e as conquistas em aspectos como a legalização da eutanásia e a prostituição serão proibidas.
O temor de um contágio do "não" francês cresce na Holanda faltando apenas um dia para o plebiscito, em meio ao cansaço por causa da estagnação econômica, do desafio da imigração e do medo, como país pequeno, de ficar diluído em um super-Estado europeu, o que divide a política nacional.
No sábado, antes do plebiscito francês, os números estimados pelo mesmo instituto indicavam 57% dos votos contra e 43% a favor. A mesma tendência do aumento do "não" foi constatada pela empresa de pesquisas Interview-NSS, que prevê que 60% dos eleitores (eram 56% na semana passada) votarão contra o Tratado e 40% (4% a menos que na semana passada) deles votarão a favor.
"Não" reflete insatisfação O previsível voto negativo da Holanda à Constituição tem suas raízes, como na França, em um contexto de insatisfação com a política nacional, instabilidade econômica e o desejo dos cidadãos de diminuir a distância entre a elite política e a base social.
O governo de centro-direita liderado pelo democrata-cristão Jan Peter Balkenende conta, segundo as pesquisas, com uma baixo nível de confiança, em parte devido às medidas de economia adotadas para recuperar os níveis macroeconômicos, inclusive à custa de cortes em medidas sociais, tão apreciadas entre os holandeses.
Neste contexto, os partidários do "não" advertem que um voto positivo mina o já decrescente estado social holandês, principalmente diante da ameaça de fluxos de trabalhadores dos países do leste, dispostos a trabalhar mais horas e a oferecer mão-de-obra barata, o que reduziria os salários holandeses.
Os partidários do "não" argumentam que um "sim" à Constituição causará a perda da influência dos países pequenos (como a Holanda) na tomada de decisões européias. A Holanda também perderá sua característica política de tolerância dos locais, onde se podem consumir drogas leves, e as conquistas em aspectos como a legalização da eutanásia e a prostituição serão proibidas.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/336997/visualizar/
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