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Nacional
Terça - 31 de Maio de 2005 às 11:20
Por: Cida Fontes

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Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve reunir, hoje, a coordenação política para definir como o governo vai agir para abafar a CPI dos Correios. Ontem, seis dias depois da criação da CPI, os principais líderes governistas não tinham uma posição convergente sobre o que fazer. Uma ala do PT defende o arquivamento da CPI pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), que julgará recurso apresentado ao plenário do Congresso Nacional pelo deputado João Leão (PL-BA). Os defensores dessa tese acham que a CPI ficou ampla a partir do momento em que a oposição incluiu, na justificativa do requerimento, a possibilidade de investigar a corrupção em outras empresas estatais.

Outros aliados do Planalto entendem que a CCJ poderia apenas delimitar o objeto da CPI, restringido claramente as investigações nos Correios. Aí o governo trabalharia para esvaziar a discussão, controlando a presidência e a relatoria da comissão. Mas a oposição já alertou: vai brigar pela relatoria da CPI, com base no direito do bloco majoritário no Senado, composto pelo PSDB e PFL.

Enquanto tentam um consenso entre os partidos aliados, os líderes decidiram não indicar os integrantes da CPI, ao contrário do que já fizeram os oposicionistas. O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), concorda com a idéia de que é melhor aguardar a decisão da CCJ, a próxima etapa da guerra com a oposição.

Para o governo, a CCJ não tomará nenhuma decisão antes de 15 dias, mas a oposição não pensa do mesmo jeito. Na avaliação do presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), a demora é pior, já que outras denúncias podem surgir arranhando a imagem do governo.





Fonte: Agência Estado

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