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Internacional
Terça - 31 de Maio de 2005 às 03:30

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Caracas - O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, negou segunda-feira que esteja pensando em romper relações com os Estados Unidos, em função do caso do dissidente cubano Luis Posada Carriles, mas considerou "preocupante" o tratamento que Washington deu ao assunto. "Eu não disse isso (romper as relações com os EUA). O que disse é que vamos revisar as relações se Posada Carriles não for extraditado para a Venezuela", afirmou Chávez.

Chávez disse que apresentará toda a documentação às autoridades dos EUA para a extradição do suposto terrorista, de origem cubana e naturalizado venezuelano na década de 60.

Será necessário "avaliar se vale a pena ter uma embaixada aberta lá (em Washington) e eles aqui (em Caracas)", se os EUA se negarem a extraditar Posada à Venezuela, disse Chávez no último dia 22 de maio.

"É sumamente difícil ter relações diplomáticas dessa forma. Colocaremos as relações em revisão integral", acrescentou Chávez em seu programa de rádio e televisão "Alô, presidente". Chávez classificou como um "sinal preocupante" o tratamento que até agora Washington deu ao assunto do anticastrista, detido no último dia 17 em Miami.

Na última sexta-feira, o governo dos EUA negou o pedido feito por Caracas para a detenção preventiva, com fins de extradição, de Posada, supostamente envolvido na explosão de um avião da empresa Cubana de Aviación, em 1976.

Posada, de 77 anos e ex-agente da CIA, foi detido em Miami porque entrou ilegalmente nos EUA. Posada Carriles deve comparecer a uma audiência no próximo 13 de junho para responder a essas acusações.

A Venezuela responsabiliza Posada pela colocação da bomba no avião cubano. No total, 73 pessoas morreram na explosão, que aconteceu quando a aeronave sobrevoava Barbados, após ter decolado de Caracas rumo a Havana.

Posada Carriles foi preso na Venezuela pouco depois do atentado, mas fugiu da prisão em 1985, quando aguardava a sentença definitiva em um julgamento por "homicídio qualificado e traição à pátria".




Fonte: EFE

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