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Internacional
Segunda - 30 de Maio de 2005 às 18:10

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Bagdá - As Forças Armadas americanas quase detonaram uma crise étnica e religiosa no Iraque ao prender, por engano, o líder do maior partido político sunita do país. A comunidade sunita iraquiana, minoritária, sente-se perseguida desde a queda de Saddam Hussein e é entre os sunitas que rebeldes e terroristas em ação no Iraque recrutam seus soldados.

A tensão entre os sunitas, os xiitas - que chegaram ao poder com a derrubada do regime de Saddam - e as forças estrangeiras presentes no Iraque atingiram um novo ápice com a detenção, por quase 12 horas, de Mohsen Abdel Hamid, líder do Partido Islâmico do Iraque. Poucos detalhes foram fornecidos sobre as razões que levaram à prisão de Hamid.

Os militares americanos reconheceram que houve um "erro" na detenção. Autoridades iraquianas sugerem que foram plantadas "mentiras" contra ele, numa tentativa de estimular a "sedição". Hamid disse ter sido interrogado sobre a "situação atual", numa aparente referência à onda de ataques que tomou conta do país a partir do anúncio do novo governo de maioria xiita, em 28 de abril.

O presidente do Iraque, Jalal Talabani, um curdo, manifestou "surpresa e descontentamento" com a prisão. O maior partido xiita do Iraque pediu que os americanos sejam "mais precisos e não ajam contra figuras políticas sem uma justificativa legal".





Fonte: AP

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