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Economia
Segunda - 30 de Maio de 2005 às 14:40

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O dólar começou a segunda-feira em alta de 0,16%, negociado a R$ 2,388 para venda. O mercado se ajusta ao novo patamar de preços da moeda americana (o menor em três anos) que na semana passada rompeu o piso dos R$ 2,40, apesar da redução redução no volume de negócios, por conta do feriado de Corpus Christi.

A moeda norte-americana caiu 1,07% e terminou a sexta-feira valendo R$ 2,384 --menor valor desde 30 de abril de 2002. Na semana, o dólar acumulou queda de 2,33% em relação ao real.

Um dos destaques da semana passada foi o "upgrade" da Merrill Lynch para a participação dos títulos da dívida brasileira na sua carteira de investimentos "modelo", da classificação "na média do mercado" para "acima da média do mercado".

O aumento da participação dos papéis brasileiros na carteira sinaliza uma melhora na avaliação de risco da agência sobre a economia brasileira e constitui, em tese, uma recomendação para investidores estrangeiros.

Teoricamente, a sexta-feira deveria ter sido um dia de poucas oscilações no câmbio, por causa dos feriados --Corpus Christi na quinta-feira e Memorial Day nos Estados Unidos hoje. As mesas de operações de câmbio funcionaram em esquema de plantão na última sexta.

Júlio César Vogeler, da corretora Didier Levy, afirmou, entretanto, que muitas tesourarias de bancos preferiram reduzir suas posições em dólares para evitar surpresas nesta semana.

Isso porque, de acordo com o analista, os ingressos de recursos no país, por meio de captações e das exportações, continuam empurrando a divisa norte-americana para baixo.

Na última quarta-feira (25), o Tesouro Nacional captou US$ 500 milhões no exterior com a reabertura de uma oferta de bônus Global 2034. Os títulos (que têm vencimento em 2034) pagarão aos investidores que os adquiriram taxa de 8,814% ao ano.

No dia 10 deste mês, o governo já havia conseguido outros US$ 500 milhões com a venda de papéis no exterior que vencem em 2019. Na ocasião, pagou juros maiores, de 8,83% ao ano.

Mais captações

Rumores de captações de empresas privadas reforçam ainda mais a expectativa de entradas de dólares no país. Na última semana, a petroquímica Braskem confirmou uma operação de US$ 150 milhões.

A taxa básica de juro (Selic) alta é outro fator que contribui com a aplicação de recursos no país, pois atrai os investidores que buscam rendimentos maiores. O juro alto, por outro lado, tem impacto negativo nas contas do governo, já que eleva os custos com a dívida pública.

Sobre a ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, que elevou o juro básico de 19,5% para 19,75% ao ano, analistas do mercado consideraram que não houve surpresas.

"A Ata do Copom veio dentro do esperado, sem nenhuma informação nova", avaliou Alexandre Póvoa, do Banco Modal.

No documento, o Copom mostra que continuará perseguindo uma inflação de 5,1% para este ano e que pode voltar a elevar a taxa Selic em junho apesar de enxergar uma desaceleração no ritmo de crescimento da economia. O BC considera, inclusive, a possibilidade de acelerar o ritmo de aumento dos juros para conter a inflação.





Fonte: Só Noticias

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