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Internacional
Segunda - 30 de Maio de 2005 às 12:10
Por: Sayed Salahuddin

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Uma bomba explodiu na segunda-feira em uma calçada de Cabul, ferindo sete afegãos. O alvo do ataque, um veículo que transportava soldados da força de paz da Otan, não foi atingido, segundo as autoridades.

Na véspera, seis civis morreram e outros seis ficaram feridos por causa da explosão de uma mina sob um microônibus na remota província de Nimroz, que faz fronteira com Irã e Paquistão.

A bomba na capital explodiu logo após a passagem do veículo da Otan pela avenida que leva à periferia leste da cidade, segundo o delegado Mohammad Kabar. Cinco pessoas que estavam em um táxi logo atrás do veículo e dois pedestres ficaram feridos, de acordo com ele.

Kabar afirmou que o explosivo estava em uma bicicleta deixada na calçada e aparentemente foi detonado por controle remoto.

O local do ataque fica perto de um bazar e de vários quartéis que abrigam soldados da Otan. A avenida também é ponto de passagem de uma outra força, liderada pelos EUA, que luta contra militantes islâmicos no país.

Kabar disse que ninguém assumiu a autoria do atentado e que não foram realizadas prisões. Mas ele atribuiu o atentado aos "inimigos do Afeganistão", termo frequentemente usado pelo governo para se referir à milícia Taliban e a outros militantes islâmicos.

Durante a noite, já havia ocorrido uma explosão no centro de Cabul, perto do quartel-general da Otan e da embaixada dos EUA. Um porta-voz da aliança militar ocidental afirmou que o foguete que provocou a explosão causou alguns danos, mas não fez vítimas.

Um porta-voz do Ministério do Interior disse que é impossível saber se a mina que matou os civis em Nimroz havia sido recém-colocada ou se era resultado das décadas de guerras no país.

Cabul vem sofrendo vários incidentes violentos desde que as forças lideradas pelos EUA derrubaram o regime islâmico do Taliban, em dezembro de 2001. O pior deles ocorreu em setembro de 2002, quando 26 pessoas morreram e várias ficaram feridas por uma bomba detonada em uma rua movimentada da capital.

Analistas dizem que agora a violência provocada pelos militantes está novamente aumentando por causa do fim do rigoroso inverno afegão.

No domingo, uma emissora local transmitiu imagens de Clementina Cantoni, italiana que trabalha para uma ONG e foi sequestrada em Cabul no dia 16. Ela aparecia escoltada por dois homens que seguravam rifles apontados para cima.

O caso de Cantoni leva os cerca de 2.000 estrangeiros de Cabul a temerem uma onda de sequestros semelhante à registrada no Iraque. As autoridades dizem que o sequestro dela foi um crime comum, e não um ato de militantes, mas não esclareceram quem são os responsáveis ou quais são suas exigências.





Fonte: Reuters

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