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Internacional
Sábado - 28 de Maio de 2005 às 23:40
Por: Raj Rajendran

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Especialistas da União Européia (UE) vão tomar parte do processo de paz de Aceh para oferecer uma missão de observadores caso a Indonésia e os rebeldes separatistas superem problemas-chave na área de segurança e terminem com o conflito de 30 anos, disseram neste sábado mediadores finlandeses.

"Eles (os especialistas da UE) vão participar das reuniões de segunda-feira como observadores, considerando uma possível missão para monitorar o processo", afirmou à Reuters Maria-Elena Cowell, porta-voz do grupo mediador, Iniciativa para o Gerenciamento de Crises (CMI, na sigla em inglês).

As negociações atuais, que visam terminar com um dos conflitos armados de maior duração da Ásia, que já resultou na morte de 12 mil pessoas, começaram em janeiro sob os auspícios da CMI, organização do ex-presidente da Finlândia Martti Ahtisaari.

Cowell disse que os especialistas, dois da Comissão Européia e dois do Conselho de Ministros da UE, foram chamados na expectativa de se assegurar uma solução, quando a quarta rodada de negociações, que teve início na quinta-feira, entra no seu terceiro dia.

A previsão é que a reunião termine na terça-feira.

Na última reunião, o GAM, sigla para Movimento por uma Aceh Livre, apresentou um documento sobre segurança, que incluía a exigência por um cessar-fogo e pela retirada dos militares da Indonésia da província de Aceh, rica em recursos naturais.

Jacarta recusou-se em retirar as tropas da região, em torno de 30 mil a 40 mil homens.

Os combates na instável província, de população majoritariamente muçulmana, continuam apesar de os dois lados terem prometido moderação. Na quinta-feira, a polícia afirmou que quatro pessoas foram mortas quando forças de segurança e rebeldes se enfrentaram.

Um porta-voz do GAM se disse otimista de que as negociações levem a um acordo.

TSUNAMI

As negociações foram retomadas em janeiro depois do terremoto e da conseqüente onda gigante em 26 de dezembro passado, que matou 160 mil pessoas em Aceh, no norte da ilha de Sumatra.

Na sexta-feira, uma fonte próxima às negociações disse que um acordo amplo foi firmado em temas políticos, como por exemplo a maneira como partidos regionais poderiam disputar eleições nacionais, o que hoje não é permitido.

Os negociadores do governo estão sob pressão do Legislativo, de maioria nacionalista, para chegar logo a um acordo. Representantes do governo não foram encontrados para comentar.





Fonte: Reuters

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