Militares serão julgados por complô no Peru

Os dois militares que lançaram um apelo para derrubar o governo do presidente boliviano Carlos Mesa e para fechar o Congresso serão julgados por conspiração, sedição e incitação à sublevação armada, crimes que têm "conotações de terrorismo", comentou o ministro do Interior Saúl Lara.

Os tenentes-coronéis reformados Julio Herrera Pedrazas e Julio Cesar Galindo Mendizábal terão de responder às acusações em tribunais ordinários, especificou o ministro.

O manifesto lançado pelos dois militares constituiu "uma clara tentativa de desestabilização e uma conspiração", denunciou Lara, insistindo em que a atitude de ambos era "um fato isolado" no exército.

Pedrazas e Mendizábal haviam divulgado na quarta-feira passada um manifesto no qual pediam a renúncia de Mesa, o fechamento do Congresso e a nacionalização dos hidrocarbonetos, num momento em que a Bolívia enfrenta uma grave crise política.

As autoridades qualificaram o pronunciamento de tentativa de golpe de Estado.