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Internacional
Sábado - 28 de Maio de 2005 às 22:55

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O Partido do Socialismo Democrático (PDS), herdeiro dos comunistas da RDA, começou sua campanha neste sábado para as possíveis eleições antecipadas com um congresso onde, sem descartar alianças com outras forças, ressaltou a importância de manter a identidade e vencer por mérito próprio.

O congresso acontece dois dias antes de uma reunião de dirigentes do PDS com representantes da Alternativa Eleitoral pelo Trabalho e Justiça Social (WASG), formada por social-democratas que deixaram o partido por não concordarem com sua linha social, para estudar uma possível aliança.

O presidente do partido, Lothar Bisky, disse que a cooperação com a WASG é uma chance para o futuro "que gera muitas esperanças, e que não é preciso ser julgada", mas o PDS não deve "prescindir superficialmente de sua identidade e de sua história".

"Preparamos a campanha para o PDS", disse o diretor da própria, Bodo Ramelow, que alertou contra "experimentos fúteis".

O PDS pretende voltar ao Bundestag (câmara baixa do Parlamento), onde desde as eleições de 2002 é representado apenas por dois deputados que conseguiram mandato direto, mas não tem fração pois não conseguiu 5% dos votos necessários para isso.

A idéia de uma aliança do PDS e da WASG foi lançada pelo ex-presidente do Partido Social-Democrata (SPD) Oskar Lafontaine, que na segunda-feira anunciou sua saída do partido, após comentar que poderia disputar as eleições dentro de uma aliança de esquerda formada por estes dois partidos.

O presidente do PDS já tinha rejeitado de antemão a possibilidade de uma aliança para as eleições de setembro caso as condições constitucionais sejam cumpridas, e hoje repetiu que não haverá um novo partido daqui até a votação.

No entanto, Bisky disse que as listas estão abertas, que Lafontaine está convidado a participar das conversações com a outra formação de esquerda e é preciso buscar formas de cooperação com ela.

O presidente do PDS também atacou o SPD e a oposição democrata-cristã, que as pesquisas apontam como clara vencedora das eleições.

Bisky acusa a presidente da União Democrata-Cristã (CDU) e suposta candidata à Chancelaria, Angela Merkel, de querer romper definitivamente com o modelo social da República Federal da Alemanha e eximir os empresários de sua responsabilidade em relação à sociedade.





Fonte: EFE

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