Major chileno acusado de morte de soldados está em depressão

O major chileno Patricio Cereceda, que ordenou uma marcha de soldados nos Andes que terminou com 35 mortos e dez desaparecidos por uma tempestade de neve, foi hospitalizado com sintomas de depressão, informaram fontes médicas neste sábado. Segundo o hospital militar, o centro onde foi internado, o major Cereceda foi internado na sexta-feira passada "e, depois de ser avaliado, ficou hospitalizado. A comunicação oficial acrescenta que o militar se encontra em repouso absoluto "seguindo o tratamento médico específico sob a observação dos cuidados médicos especializados".

No último dia 18, Patricio Cereceda teria ordenado a um batalhão de 485 recrutas do regimento número 17 de Los Angeles que marchassem na área do vulcão Antuco, cerca de 500 quilômetros ao sul de Santiago, sem que houvesse condições meteorológicas apropriadas para isso.

Os recrutas, de 18 e 19 anos, que regressavam a seu regimento após cumprir um período de instrução na alta cordilheira, foram surpreendidos por uma intensa tempestade de neve, que deixou 35 soldados mortos e dez desaparecidos.

Patricio Cereceda foi substituído em seu cargo no fim de semana passado pelo comandante-em-chefe da instituição, Juan Emilio Cheyre.

Cheyre destituiu também o coronel Roberto Mercado e o tenente-coronel Luis Pineda, todos encarregados do regimento número 17 de Los Angeles, "por falta de critério e capacidade profissional".