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Internacional
Sábado - 28 de Maio de 2005 às 20:20
Por: Nadim Ladki

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Praticamente certo de sua vitória, o filho do ex-primeiro ministro Rafik al-Hariri, ressaltou a extrema importância dos eleitores de Beirute comparecerem às urnas nas eleições parlamentares de domingo, a primeira em três décadas sem tropas sírias no Líbano.

Saad al-Hariri, herdeiro político de Rafik, lidera um bloco que contesta os 19 assentos do primeiro turno das eleições na capital.

Nove dos principais candidatos muçulmanos sunitas já garantiram suas vagas por falta de concorrentes em Beirute, onde houve pouca campanha e nenhum suspense eleitoral.

Mas Hariri, um executivo de 35 anos de idade, alertou seus eleitores que não sejam complacentes no sábado.

"Há aqueles que apostam que o comparecimento às urnas será baixo no domingo, que a batalha está definida e que não há necessidade de ir às urnas", disse ele.

"Nós todos temos que provar nossa lealdade ao mártir Rafik al-Hariri e comparecer em peso para impedir que qualquer candidato oposicionista vença."

Um punhado de esquerdistas favoráveis à Síria e de militantes muçulmanos estão competindo com o bloco de Hariri em Beirute, cuja população votante é de cerca de 400 mil pessoas, em sua maioria muçulmanos sunitas.

Mas a onda de simpatia e ódio evocada pela morte de Hariri em 14 de fevereiro coloca qualquer desafiante em uma situação delicada.

O ministro do interior, Hassan al-Sabaa, prometeu assegurar uma votação livre e justa e disse ainda que um número telefônico foi instalado para receber reclamações. "Nós vamos assegurar eleições livres e justas, com total neutralidade do governo, para que os cidadãos possam escolher seus representantes no próximo parlamento com total liberdade, sem pressão de qualquer lado", disse Sabaa a jornalistas.

As eleições assinalam uma nova era para o Líbano, um mês após a retirada de tropas sírias devido a pressões internacionais e protestos que uniram muçulmanos e cristãos em Beirute. Apesar disso, velhas práticas como formação de currais eleitorais e alianças oportunistas de políticos libaneses impedem a escolha do eleitor.





Fonte: Reuters

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