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Internacional
Sábado - 28 de Maio de 2005 às 11:04

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Uma bomba colocada pelo grupo terrorista basco ETA explodiu na noite de sexta-feira em um jardim no Vale do Caídos, local onde está enterrado o ex-ditador espanhol Francisco Franco, próximo a Madri.

A explosão afetou uma ponte de madeira localizada nos jardins do monumento, considerado o principal símbolo da ditadura militar, e danificou alguns materiais, segundo o Patrimônio Nacional, o órgão estatal responsável pelo Vale dos Caídos, uma das princiapis atrações turísticas de Madri.

Os danos foram comunicados na manhã de sexta-feira pelos funcionários da manutenção dos jardins, que encontraram no local a ponte destruída e uma vala de um metro de profundidade, muito prerto da cafeteria e do bondinho do monumento, acrescentaram as fontes.

A ponte, cujos restos ficaram espalhados por um raio de 30 metros, ficou completamente destruída, segundo o Patrimônio Nacional, que contatou a Guarda Civil.

Os agentes da Guarda foram até o local e deram início às investigações, as quais duraram o dia todo e contaram até com a ajuda de cães.

A ameaça de bomba havia sido publicada no site do jornal basco Gara. Os terroristas, que lutam pela separação do País Basco da Espanha, utilizam o Gara como canal de comunicação para os atentandos, como já havia ocorrido no início do mês, quando uma bomba explodiu em Madri, ferindo mais de 50 pessoas.

O Vale dos Caídos, localizado no município de El Escorial, a cerca de 50 quilômetros de Madri, estava aberto ao público quando os danos foram descobertos. Segundo o Terra da Espanha, a visitação ao Valle de los Caidos não foi interrompida, seguindo orientações da Guarda Civil, que considerou o fato "isolado".

O monumento foi construído por iniciativa do ditador Franco em 1940, um ano depois do fim da Guerra Civil espanhola (1936-39).

Porém, só foi inaugurado oficialmente em 1959.

O Vale dos Caídos tem como atração principal uma cruz de mais de 150 metros de altura. Além disso, abriga um monastério da ordem beneditina.

A cripta da basílica, cavada na rocha aos pés da cruz, guarda os restos do próprio Franco, enterrado ali após sua morte em 1975, e os de cerca de 40 mil mortos durante a Guerra Civil espanhola.





Fonte: Terra

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