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Internacional
Sábado - 28 de Maio de 2005 às 10:44

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O gabinete do primeiro-ministro israelense, Ariel Sharon, decidirá neste domingo, em sua reunião semanal, quais os 400 prisioneiros palestinos que podem ser libertados, afirmou neste sábado a rádio pública israelense.

Sharon anunciou a decisão de pôr os presos em liberdade no dia 24 de maio em Washington, durante o congresso anual da AIPAC (Comitê de Relações Públicas Americano-Israelense, na sigla em inglês), alegando que deseja "ajudar" o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas.

Segundo a emissora de rádio, nenhum dos palestinos que serão libertados é assassino e muitos já cumpriram um terço da pena.

Autoridades israelenses dos serviços de segurança e do Ministério da Justiça vão estabelecer a lista detalhada dos prisioneiros que podem ser libertados, depois de receberem a ordem do governo, explicou a rádio.

Num encontro entre Sharon e Abas no dia 8 de fevereiro em Charm al-Cheij (Egito), Israel se comprometeu a libertar 900 prisioneiros palestinos, dos quais um primeiro grupo de 500 palestinos foi libertado no dia 21 de fevereiro.

Segundo várias estimativas, cerca de 7 mil palestinos estão detidos em prisões israelenses.

O general Amos Gilad, conselheiro para assuntos políticos e de segurança do ministro de Defesa, Shaul Mofaz, disse à rádio que os assassinos do ministro israelense de Turismo, Rehavam Zeevi, não serão libertados.

"É claro que qualquer pedido palestino sobre esse caso é irrevogável: eles têm de continuar na prisão", disse o general Gilad sobre o chefe da Frente Popular de Libertação da Palestina (FPLP), Ahmed Saadat, e dos outros cinco membros desse movimento que são acusados por Israel de estarem envolvidos no assassinato.

Eles são mantidos presos em Jericó (Cisjordânia) sob supervisão americano-britânica desde agosto de 2002.

Rehavam Zeevi foi assassinado em outubro de 2001 em Jerusalém leste por um comando do FPLP que disse vingar a morte de seu chefe Abu Ali Mustapha, assassinado cerca de dois meses antes num ataque do exército israelense em Ramallah (Cisjordânia).

Em Hebron, no sul da Cisjordânia, várias dezenas de palestinos, em sua maioria mulheres, fizeram uma manifestação para exigir a libertação de todos os palestinos detidos por Israel, constatou um jornalista da AFP.

"Os prisioneiros são nossa honra", "Libertem os prisioneiros", "400 prisioneiros libertados, não é suficiente", diziam os cartazes.





Fonte: AFP

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