Rapaz é executado no bairro Tijucal

O jovem Juliano dos Santos Oliveira, de 24 anos, foi assassinado com dois tiros de revólver, no bairro Tijucal, em Cuiabá. Ele caminhava com um colega de república no momento em que foi cercado por um adolescente de 17 anos. Este atirou duas vezes e acertou todas. Em seguida, fugiu a pé. A execução ocorreu por volta das 20 horas de anteontem.

Segundo policiais da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o crime seria um acerto de contas envolvendo drogas. Na casa onde ele morava, foram encontrados resquícios de que a vítima guardava papelotes de pasta-base de cocaína. O colega disse desconhecer que o rapaz tenha tido contato com drogas.

Para reforçar as suspeitas, o adolescente acusado pelo crime seria o gerente de uma boca-de-fumo do Tijucal. Conhecido como “Piu-Piu”, o garoto possui várias passagens pela Delegacia Especializada do Adolescente (DEA), por roubo e porte ilegal de arma. É considerado o “terror” do Tijucal.

“A princípio, acreditávamos que o colega do Juliano tivesse sido o autor do crime. Mas descobrimos que o autor é um adolescente infrator e, por pouco, não o prendemos”, informou um policial que participa das investigações.

Na parte da manhã, Juliano e o rapaz com quem dividia a casa haviam brigado e vizinhos acionaram a Polícia Militar. Os dois estavam embriagados e ficaram detidos até o final da tarde. Assim que o efeito da bebida passou, foram liberados.

Por volta das 20 horas, Juliano e o colega caminhavam pela rua e apareceu o adolescente. A testemunha disse não se lembrar se o garoto pronunciou alguma palavra. Ao ver o revólver na cintura do criminoso, ficou nervoso e saiu correndo. A vítima foi atingida por um tiro nas costas e outro na cabeça.

Após o assassinato, os policiais foram até a casa onde Juliano morava e encontraram indícios de droga. Com isso, desconfiam que o assassinato seja motivado por tráfico. “O recinto era usado apenas para tomar banho e dormir. Eles ficavam pouco na casa”, disse um policial.

Com a identificação do adolescente, a delegada Sílvia Pauluzi deverá transferir as investigações para a Delegacia Especializada do Adolescente (DEA).