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Repórter News - reporternews.com.br
Nacional
Sexta - 27 de Maio de 2005 às 19:50
Por: Luciana Nunes Leal

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Rio de Janeiro - Fundador e ideólogo do PT, o ministro da Educação, Tarso Genro, considerou hoje "absurda" a "irresponsabilidade" dos parlamentares petistas que assinaram o pedido de abertura da CPI dos Correios.

O ministro defendeu a permanência do PTB na base aliada do governo. "Não tem nenhum fato provado contra a alta direção do PTB. Se algum ato for provado contra o PTB ou qualquer partido aliado, a aliança fica prejudicada", disse Tarso Genro. Para o ministro, já que não foi possível evitar a investigação no Congresso, "o governo deve colaborar e colocar os dados da Polícia Federal à disposição da CPI".

"É lamentável que parlamentares do PT tenham assinado o pedido de uma CPI de cunho eleitoreiro que tenta criar constrangimentos para o governo apurando delitos que já estão sendo investigados pela Polícia Federal. Esta CPI está sendo montada não pelos eventuais defeitos que o governo Lula tenha, mas é contra uma das virtudes do governo, que é a luta contra corrupção. O governo está enfrentando a corrupção com intensidade jamais vista", afirmou o ministro.

Sobre os parlamentares petistas que pediram a abertura da CPI, Tarso Genro preferiu não sugerir uma punição. "O partido tem que avaliar a conduta deles, verificar a extensão do dano que causaram e daí tomar as medidas previstas no estatuto".

"É profundamente entristecedor para nós, do governo, termos companheiros que tomaram essa atitude. Demonstra falta de solidariedade com o governo e falta de espírito partidário numa situação grave como esta", disse o ministro. Para Genro, o flagrante de pedido de propina nos Correios "mostra que existe corrupção sistêmica no Estado brasileiro".

Na próxima segunda-feira, boa parte dos deputados petistas que assinaram o pedido de abertura da CPI vai se reunir no Rio. O encontro, na Universidade Cândido Mendes, será transformado em um ato de solidariedade aos parlamentares, depois da declaração do ministro-chefe da Casa Civil, José Dirceu, de que eles deveriam deixar o partido.





Fonte: Agência Estado

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