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Internacional
Sexta - 27 de Maio de 2005 às 13:30

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O presidente do Uzbequistão, Islam Karímov, deixou a China nesta sexta-feira, após uma viagem oficial de três dias, marcada pelas críticas da comunidade internacional contra a violenta repressão que deixou 140 mortos em Andijan, segundo as autoridades, e mais de 700, segundo forças da oposição.

A agência oficial Xinhua informou que durante a visita de Karímov ambos os países assinaram 15 acordos, entre eles um petrolífero avaliado em 600 milhões de dólares e outros de energia, mineração, telecomunicações e infra-estrutura.

O presidente Hu Jintao afirmou que a assinatura dos tratados demonstra a vontade dos dois países de manter a "tradicional amizade", uma atitude de acordo com o pragmatismo de Pequim, que freqüentemente recebe críticas dos EUA e da União Européia (UE) por violações de direitos humanos em prol de benefícios energéticos.

O governo chinês tem com o Uzbequistão um acordo antiterrorista, reforçado após a visita de Karimov, mantendo o controle sobre os separatistas da região ocidental de Xinjiang O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores, Kong Quan, evitou ontem responder às críticas recebidas por apoiar Karimov no que Pequim considera uma "luta antiterrorista" e comemorou que o país vizinho tenha voltado à "estabilidade".

A imprensa oficial chinesa mostrou a violenta repressão de Andijan como uma revolta de "manifestantes armados" que deixaram a cidade "em um caos".

Durante a visita à China, a quarta desde que assumiu o poder, Karimov se reuniu com seu colega chinês, Hu Jintao, com o primeiro-ministro, Wen Jiabao, e com o conselheiro de Estado Tang Jiaxuan.

Ambos os países pertencem à Organização de Cooperação de Xangai (OCS) junto com Rússia, Cazaquistão, Quirguistão e Tajiquistão.





Fonte: EFE

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