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Governo é derrotado e CPI é aprovada
Brasília - Mais uma vez o PT derrotou o PT. Justamente por causa da resistência dos deputados petistas, fracassou a operação desencadeada pelo governo com o objetivo de impedir a abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as denúncias de corrupção nos Correios. Ministros e líderes governistas intensificaram na noite de ontem as pressões para que parlamentares retirassem suas assinaturas do pedido de instalação da CPI.
A ofensiva deu algum resultado, pois muitos parlamentares de partidos aliados, e até da oposição, se comprometeram a rever seu apoio, mas 14 deputados do PT se mantiveram irredutíveis. Com isso, teria sido possível, na melhor das hipóteses, fechar o requerimento com 179 assinaturas - oito além do mínimo necessário. Como a operação já tinha dado errado, os líderes partidários decidiram não apresentar os requerimentos de retirada de assinatura encaminhados por alguns parlamentares. Assim, o requerimento foi fechado com o apoio oficial de 236 deputados.
No Senado, apenas um petista apoiou o requerimento: Eduardo Suplicy (SP). No Congresso, o gesto do senador - anunciado no início da noite - foi considerado decisivo para a derrota do governo, pois deu aos deputados mais resistentes o estímulo que faltava para manterem suas assinaturas.
O passo decisivo para a criação da CPI foi dado na manhã desta quarta-feira, quando o requerimento de abertura foi lido durante sessão conjunta da Câmara e do Senado. O Planalto, porém, tinha até a meia-noite para buscar reverter a situação, pois só nesse horário a lista de apoio à CPI seria considerada formalmente fechada.
Toda a pressão do governo era para convencer parlamentares aliados e até de oposição a retirar suas assinaturas do requimento. Até o início da noite, o pedido contava com o apoio de 258 deputados e 53 senadores - enquanto o mínimo necessário para a instalação da CPI eram 171 deputados e 27 senadores.
Diante das dificuldades para abafar a CPI, o governo já montava uma estratégia alternativa. Caso não conseguisse que um número suficiente de deputados retirassem as assinaturas, o Planalto entraria em ação para boicotar a reunião de instalação da CPI, trabalhando para que seus aliados não compareçam a nenhuma reunião. A idéia é impedir a escolha do presidente da comissão.
Além da estratégia de negar quórum à CPI para impedir que ela comece a investigação política e dê palco à oposição, os governistas têm outra alternativa para frear os trabalhos da comissão. Na sessão do Congresso em que o pedido de CPI foi lido, o vice-líder do governo, João Leão (PL-BA), apresentou recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara contra o requerimento, argumentando que este é inconstitucional, porque não aponta para fato determinado. O presidente da CCJ, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse que daria prioridade a esse recurso. E o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), contou o que o Planalto quer: que as investigações limitem-se aos Correios.
A ofensiva deu algum resultado, pois muitos parlamentares de partidos aliados, e até da oposição, se comprometeram a rever seu apoio, mas 14 deputados do PT se mantiveram irredutíveis. Com isso, teria sido possível, na melhor das hipóteses, fechar o requerimento com 179 assinaturas - oito além do mínimo necessário. Como a operação já tinha dado errado, os líderes partidários decidiram não apresentar os requerimentos de retirada de assinatura encaminhados por alguns parlamentares. Assim, o requerimento foi fechado com o apoio oficial de 236 deputados.
No Senado, apenas um petista apoiou o requerimento: Eduardo Suplicy (SP). No Congresso, o gesto do senador - anunciado no início da noite - foi considerado decisivo para a derrota do governo, pois deu aos deputados mais resistentes o estímulo que faltava para manterem suas assinaturas.
O passo decisivo para a criação da CPI foi dado na manhã desta quarta-feira, quando o requerimento de abertura foi lido durante sessão conjunta da Câmara e do Senado. O Planalto, porém, tinha até a meia-noite para buscar reverter a situação, pois só nesse horário a lista de apoio à CPI seria considerada formalmente fechada.
Toda a pressão do governo era para convencer parlamentares aliados e até de oposição a retirar suas assinaturas do requimento. Até o início da noite, o pedido contava com o apoio de 258 deputados e 53 senadores - enquanto o mínimo necessário para a instalação da CPI eram 171 deputados e 27 senadores.
Diante das dificuldades para abafar a CPI, o governo já montava uma estratégia alternativa. Caso não conseguisse que um número suficiente de deputados retirassem as assinaturas, o Planalto entraria em ação para boicotar a reunião de instalação da CPI, trabalhando para que seus aliados não compareçam a nenhuma reunião. A idéia é impedir a escolha do presidente da comissão.
Além da estratégia de negar quórum à CPI para impedir que ela comece a investigação política e dê palco à oposição, os governistas têm outra alternativa para frear os trabalhos da comissão. Na sessão do Congresso em que o pedido de CPI foi lido, o vice-líder do governo, João Leão (PL-BA), apresentou recurso à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara contra o requerimento, argumentando que este é inconstitucional, porque não aponta para fato determinado. O presidente da CCJ, Antonio Carlos Biscaia (PT-RJ), disse que daria prioridade a esse recurso. E o líder do governo na Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), contou o que o Planalto quer: que as investigações limitem-se aos Correios.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/337900/visualizar/
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