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Internacional
Terça - 24 de Maio de 2005 às 13:14

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O piloto que sobrevoou Washington com seu pequeno avião neste mês, provocando a desocupação da Casa Branca, do Capitólio e da Suprema Corte, disse na terça-feira que temeu ser derrubado.

Aviões militares e do Departamento de Segurança Doméstica, inclusive dois caças F-16 e um helicóptero Black Hawk, interceptaram o Cessna 150 e o escoltaram até o aeroporto da vizinha Maryland em 11 de maio.

"Aquilo foi muito assustador", disse o piloto Hayden "Jim" Sheaffer ao programa "Today Show", da rede NBC. "Depois da segunda passagem e dos disparos de advertência, achei que fôssemos ser derrubados lá de cima."

A Administração Federal de Aviação revogou o brevê de Sheaffer durante um ano. Troy Martin, aluno de aviação que estava no comando, não foi punido.

Em um ano, esse é apenas o segundo brevê cancelado por causa de violações do espaço aéreo da capital, incidente que acontece em média duas vezes por dia, segundo as autoridades. Outros pilotos tiveram seus brevês suspensos por períodos mais curtos.

Na segunda-feira, jatos militares interceptaram um pequeno avião que entrou no espaço aéreo restrito em torno de Washington. Desta vez, porém, o incidente não provocou a frenética movimentação das agências de segurança.

Sheaffer, que vive em Lititz, Pensilvânia, disse que vai recorrer da suspensão do brevê. "Quando vi o helicóptero, sabia que estávamos em um lugar onde não devíamos estar", disse o piloto, acrescentando que não conseguiu se comunicar na frequência de rádio indicada pelo Black Hawk.

A Administração Federal de Aviação disse que as ações de Sheaffer antes e durante o vôo "comprometeram severamente a segurança". As autoridades dizem que, antes de decolar, ele não procurou se familiarizar com as regras para operar perto da capital e, durante a invasão do espaço aéreo, cometeu inúmeros erros técnicos e de avaliação.

Além disso, ele teria usado informações defasadas a respeito das restrições ao espaço aéreo, se perdeu assim que decolou de Smoketown (Pensilvânia) e não manteve as comunicações necessárias com os controladores de tráfego aéreo.

As autoridades disseram finalmente que Sheaffer deveria ter dividido o controle com Martin, uma vez que a cabine tem comandos duplos, mas não o fez.





Fonte: Reuters

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