CPI não deve paralisar o Congresso Nacional, diz Palocci
O ministro evitou comentar o esforço do governo para tentar evitar a formação da CPI. "Como ministro não devo me manifestar em temas que são da exclusiva decisão do Congresso Nacional", disse. "Se ele decidir que assim deve proceder, respeito a autonomia do Congresso." Segundo Palocci, é normal que os ministros da área política lidem com o tema de maneira mais direta. "Não é meu caso, não sou da área política", disse.
Ele afirmou que vê com respeito qualquer decisão que o Congresso julgar necessário. "E o presidente Lula tem dito isso, o governo não vai dizer ao Congresso o que deve ser feito."
Segundo ele, a "sensação de paralisia" do Congresso com a possibilidade de uma CPI é um fenômeno apenas temporário. "Eu não acredito que o Congresso Nacional deixe de reconhecer a importância grande que ele tem, na vida econômica e social do País", disse. Ele ressaltou que os fundamentos da economia brasileira são muito fortes e suportariam eventuais pressões da economia ou situações de maior conflito político. "Não penso que esses conflitos recentes vão colocar em risco a política econômica".
Palocci afirmou que Brasil é um país maduro para enfrentar conflitos políticos. "O País tem instituições fortes, capazes de colocar essas questões no seu devido lugar", disse. "O povo, certamente, quer que qualquer denúncia seja investigada. Espera isso das suas instituições, mas o povo também quer que o Brasil cuide do seu crescimento, da geração de emprego, dos seus programas sociais." "Conflito político não
antecipa campanha eleitoral"
O ministro da Fazenda afirmou ainda que não concorda com a tese de que a atual turbulência política no País represente uma antecipação do processo eleitoral ."Isso seria uma falta de sensibilidade extraordinária das lideranças políticas na medida que a população brasileira tem encarado os processos eleitorais com um comportamento muito maduro. Não está na cabeça das pessoas o processo eleitoral do ano que vem", disse Palocci.
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