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Internacional
Terça - 24 de Maio de 2005 às 11:00

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A tensão entre as comunidades norte-africanas e ciganas de Perpignan (sudeste da França) se mantém, após os incidentes desencadeados por causa do assassinato, no domingo passado, de um jovem de origem argelina durante uma discussão por uma vaga em um estacionamento.

O prefeito da localidade, Jean-Paul Alduy, pediu aos jovens norte-africanos da cidade, que pedem vingança e já protagonizaram vários distúrbios, que mantenham a calma e esperem que a Justiça faça seu trabalho.

Segundo as primeiras investigações, um norte-africano de 29 anos foi assassinado a golpes no domingo passado por quatro ciganos, que o seguiram até um restaurante após uma discussão no centro da cidade por causa de uma vaga em um estacionamento e o espancaram perto de um mercado lotado.

Apesar da reunião de conciliação realizada ontem, segunda-feira, entre representantes das duas comunidades, judiciais, policiais e municipais, assim como a família da vítima, as autoridades não conseguiram evitar a ira de aproximadamente cinqüenta jovens norte-africanos, que se reuniram em frente à delegacia para protestar e pedir vingança.

Depois, o grupo de jovens foi até o bairro de Saint-Jacques, onde vive a comunidade cigana de Perpignan há séculos e onde fizeram alguns atos violentos.

Além de quebrar várias vitrines e janelas do bairro e queimar lixeiras, vários disparos foram ouvidos, segundo a polícia, que finalmente conseguiu dispersar os jovens e posteriormente estabeleceu uma operação de vigilância com patrulhas constantes em Saint-Jacques para evitar novos incidentes.

No bairro onde reside a família da vítima, Vernet, vários veículos da polícia, inclusive o que levava o procurador-geral da cidade, Jean-Pierre Dreno, foram recebidos com pedradas por seus moradores.

O procurador se reunirá de novo nesta terça-feira com os familiares da vítima para explicar como estão se desenvolvendo as investigações e a situação dos quatro suspeitos do assassinato, que estão presos desde domingo passado e que devem passar esta tarde à disposição da Justiça.

"A vingança é inadmissível", afirmou Dreno à imprensa, acrescentando "a Justiça fará seu trabalho", como ficou visível com a prisão imediata dos suspeitos.

Dremo também pediu às testemunhas do crime que prestem depoimento "porque os fatos são muito graves para que a lei do silêncio continue".





Fonte: EFE

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