Presos dez fraudadores em MT

Dez pessoas, incluindo um tenente da Polícia Militar e dois fiscais da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) e de Infra-Estrutura (Sinfra), foram presas acusadas de tentar fraudar o concurso público para agente prisional federal realizado domingo (22) em Cuiabá. A fraude, que custou entre R$ 18 mil e R$ 30 mil a cada um dos candidatos envolvidos no esquema, garantia o gabarito oficial da prova ou mesmo a inclusão imediata do nome na lista dos aprovados.

A "Operação Brasília" foi desencadeada em seis estados simultaneamente pela Polícia Civil. Ao todo, 105 mandados de busca e apreensão foram expedidos pelo juiz de Brasília, Mário Evangelista Ferreira da Silva, da 3 ª Vara Criminal. Em Cuiabá, quatro mandados de busca foram cumpridos e 13 pessoas tiveram a prisão preventiva decretada. Cinco delegados e 100 policiais participaram da ação. No Brasil, pelo menos 73 pessoas já estão presas, incluindo servidores do Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos), que foi o responsável pela realização do concurso. Com a descoberta da fraude, as provas devem ser anuladas. O concurso oferecia 380 vagas.

Toda a investigação começou pela Polícia Civil em Brasília, que apurava fraude na realização do concurso público para o cargo de delegado, há dois anos. Entretanto, a quadrilha, que conta com policiais militares e civis do Distrito Federal, é suspeita de estar atuando desde 1996. Já se comprovou também que eles já participaram de fraudes no Estado do Tocantins.

Em Cuiabá, duas pessoas foram presas no momento em que realizavam a prova na Universidade de Cuiabá (Unic). Entre os suspeitos estão policiais, servidores do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e também advogados. Inicialmente as pessoas presas podem ser indiciadas pelo crime de formação de quadrilha.