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Terça - 24 de Maio de 2005 às 09:06

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O Programa Pantanal, projeto do Ministério do Meio Ambiente com financiamento do BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento), que previa investimento de US$ 220 milhões, não deverá sair do papel. A avaliação foi feita pelo governador de Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, na semana passada.

Iniciado junho de 2001, com assinatura do contrato com o BID, no governo de Fernando Henrique Cardoso, o projeto visava a recuperação de rios, desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis, implantação de saneamento em cidades onde não há uma rede de esgoto, manejo da pesca, assistência aos povos indígenas, entre outras propostas.

Com 140 mil km2 (35% em Mato Grosso e 65% em Mato Grosso do Sul), o Pantanal é considerada a maior planície alagada do mundo, segundo dado o Ministério do Meio Ambiente. No local foram catalogadas 650 espécies de aves, 262 de peixes, 1.100 de borboletas, 80 de mamíferos e 50 de répteis, além de 1.700 espécies de plantas.

Em novembro de 2000, a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura) reconheceu o Pantanal como Reserva da Biosfera Mundial e Patrimônio Natural da Humanidade. Problemas

Zeca afirma que os problemas com o programa começaram no fim do governo FHC, quando houve questionamento no próprio ministério sobre a contratação de uma empresa de consultoria para os projetos.

Outro fator que atravanca o andamento do projeto, segundo o ex-coordenador nacional do programa, Valmir Ortega, é o contingenciamento de recursos do Orçamento pelo governo federal. De acordo com Ortega, a União paga encargos financeiros anuais ao BID mesmo quando não saca valores do empréstimo.

Indicado ao cargo por Zeca do PT, Ortega deixou o cargo no início do mês.





Fonte: 24Horas News

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