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Nacional
Terça - 24 de Maio de 2005 às 08:51
Por: Cida Fontes

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Brasília - O governo continua hoje sua ofensiva para inviabilizar a criação da CPI dos Correios. Na ausência do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que está na Coréia, os ministros Aldo Rebelo, da Coordenação Política, e José Dirceu, da Casa Civil, assumiram o controle das articulações para convencer os deputados da base aliada a retirarem suas assinaturas do requerimento. Por determinação do presidente, os ministros políticos também foram convocados e orientados a conversar com cada deputado para abortar a CPI.

Por outro lado, o governo vai endurecer o discurso político seguindo a linha adotada ontem por Aldo Rebelo que acusou a oposição de tentar a desestabilização do governo de olho nas eleições de 2006. E reforçará o argumento segundo o qual o governo está tomando as providências necessárias, antecipando as investigações solicitadas pela oposição. Exemplo disso é ação da Polícia Federal que está cumprindo mandados de busca e apreensão de documentos de dirigentes dos Correios acusados de envolvimento no esquema de cobrança de propina. O presidente do PTB, deputado Roberto Jefferson (RJ), acusado de chefiar o esquema de cobrança de propina, também se antecipou, comparecendo ao Ministério Público para prestar depoimento.

Mas a ofensiva do Palácio do Planalto ocorre tardiamente, em meio à dispersão da base aliada e na ausência de força aglutinadora dos líderes partidários. O governo terá hoje e amanhã para reestruturar sua base e atingir seu objetivo. Enquanto isso, o clima político continuará tenso na Câmara e no Senado. Os senadores pretendem obstruir os trabalhos enquanto não houver uma solução para o Conselho Nacional de Justiça. Já os deputados estão tentando um acordo para acabar com a paralisia da Casa.




Fonte: Agência Estado

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