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Saúde
Terça - 24 de Maio de 2005 às 06:28

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Pelo menos um em cada cinco pacientes internados por causa de ataques cardíacos nos Estados Unidos sofre de depressão grave, segundo um relatório divulgado nesta segunda-feira pela Agência de Pesquisas de Assistência Médica e Qualidade (AHRQ).

O documento informa que esses pacientes são mais propensos a precisar de atenção hospitalar um ano após a primeira internação. Esses pacientes também têm três vezes mais chances de morrer por causa de outro ataque cardíaco ou de outros problemas de coração do que pessoas com o mesmo mal que não apresentam quadro de depressão.

Segundo a AHRQ, 60 a 70% das pessoas que passam a sofrer de depressão quando são internadas por causa de um ataque cardíaco continuam deprimidas depois de receberem alta por um período de um a quatro meses - ou até mais.

Esse órgão, subordinado ao Departamento de Saúde americano, acrescenta que a depressão grave dura duas semanas ou mais. A depressão é acompanhada por cinco ou mais sintomas - como sentimento de tristeza, desespero, pessimismo e perda de vontade de viver -, que impedem a pessoa de realizar atividades cotidianas normais. Os cientistas também descobriram que, durante o primeiro ano após o ataque

cardíaco, os pacientes que sofrem de depressão grave podem enfrentar atrasos em seu retorno ao trabalho e piora na qualidade de vida e na saúde física e psicológica.

Segundo dados nacionais de 2002, um total de 765 mil americanos receberam alta depois de serem submetidos a tratamento em função de um ataque cardíaco.

"Esse relatório dá a prova científica que as clínicas precisam saber sobre o predomínio da depressão em sobreviventes de ataques cardíacos e como ela afeta esses pacientes", disse a diretora da AHRQ, Carolyn Clancy.

A Academia Americana de Médicos de Família, que pediu a revisão dos dados, pretende utilizar o relatório de hoje para a criação de diretrizes sobre novas práticas clínicas.

Os cientistas acharam provas substanciais de que o uso de certos antidepressivos, como os inibidores seletivos de reutilização de serotonina, são eficazes na redução dos sintomas de depressão nos pacientes após um ataque cardíaco.

Os pesquisadores, dirigidos por David Bush e Roy Ziegelstein, não conseguiram concluir se a freqüência de consumo de remédios necessários no tratamento de problemas de coração, ou os próprios procedimentos cardíacos, são influenciados pela depressão.




Fonte: EFE

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