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Uerj tem problemas no repasse de verbas para cotistas
Rio de Janeiro - Atualmente com 7 mil alunos cotistas matriculados (de um universo de 24 mil), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) sofre com a falta de recursos para investir na formação desses estudantes. Segundo a Subreitoria de Graduação, dos R$ 8,7 milhões que deveriam ter sido repassados pelo Estado em 2004 especificamente para este fim, pouco mais de R$ 1 milhão foi pago. Para este ano, estava prevista verba de R$ 12,5 milhões, mas a instituição ainda não recebeu apenas R$ 1.048.000, afirmou a subreitora, Raquel Villardi.
Ela cita como dificuldades a falta de dinheiro para comprar livros para as bibliotecas e equipamentos para laboratórios. Na área biomédica, por exemplo, há apenas cinco exemplares do atlas de anatomia humana.
Somente no curso de Medicina, informou Raquel, existem 45 cotistas que precisam consultar o livro, sem contar os alunos de outros cursos e os não-cotistas. "Como o dinheiro não vem, tudo que planejamos fica inviabilizado. Estamos fazendo a nossa parte", disse a subreitora. Ela lembrou que também é necessário construir um bandejão e alojamentos.
A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia informou ontem que o valor correto previsto para 2005 é de R$ 2.097.600 e que, até agora, R$ 1.048.800 já foi encaminhado.
Alynne Silva, de 19 anos, que cursa o 3º período de Direito e ingressou pela reserva de vagas, confirmou que as dificuldades são muitas. "Ser cotista na Uerj é se virar sozinho". Ela só passou a receber a bolsa de R$ 190 (paga durante um ano) no 2º período e seu irmão, que entrou em março, ainda não ganhou o benefício. "O Estado não ajuda como deveria, mas percebo uma necessidade da Uerj de usar isso como justificativa para invalidar as cotas".
A subreitora defende que é preciso que os estudantes consigam se formar para que a lei das cotas tenha resultado efetivo. "O meu foco tem que ser como esse aluno (cotista) vai sair da Uerj. Eu quero que ele aprenda".
Desempenho - Raquel Villardi contestou os dados divulgados na semana passada ao Estado pela Rede de Pré-Vestibulares Educafro, que mantém 255 cursinhos para estudantes carentes, no Rio e em São Paulo. Conforme tais números, que fazem parte de uma pesquisa feita pela antiga gestão, os cotistas que ingressaram na Uerj em 2003 tiveram notas mais altas do que os não-cotistas.
Ela informou que o levantamento se baseou apenas no coeficiente de rendimento (CR) dos universitários, quando o método mais exato é a análise do índice de aprovação e reprovação por nota em cada disciplina. "Se eu me basear apenas no CR, haverá distorções, porque há alunos que ficam com CR baixo porque abandonam a matéria e, com isso, tiram zero no fim".
Um outro estudo, feito a partir da taxa de aprovação, mostrou que os cotistas são mais reprovados do que os alunos que entraram na Uerj pela forma tradicional. Isso foi verificado nos centros de Educação de Humanidades, Biomédico, de Ciências Sociais e de Tecnologia e Ciências. A subreitora não quis responder às críticas do frei Davi Santos, diretor executivo da Educafro. O frade a acusou de esconder o sucesso dos cotistas.
Ela cita como dificuldades a falta de dinheiro para comprar livros para as bibliotecas e equipamentos para laboratórios. Na área biomédica, por exemplo, há apenas cinco exemplares do atlas de anatomia humana.
Somente no curso de Medicina, informou Raquel, existem 45 cotistas que precisam consultar o livro, sem contar os alunos de outros cursos e os não-cotistas. "Como o dinheiro não vem, tudo que planejamos fica inviabilizado. Estamos fazendo a nossa parte", disse a subreitora. Ela lembrou que também é necessário construir um bandejão e alojamentos.
A Secretaria Estadual de Ciência e Tecnologia informou ontem que o valor correto previsto para 2005 é de R$ 2.097.600 e que, até agora, R$ 1.048.800 já foi encaminhado.
Alynne Silva, de 19 anos, que cursa o 3º período de Direito e ingressou pela reserva de vagas, confirmou que as dificuldades são muitas. "Ser cotista na Uerj é se virar sozinho". Ela só passou a receber a bolsa de R$ 190 (paga durante um ano) no 2º período e seu irmão, que entrou em março, ainda não ganhou o benefício. "O Estado não ajuda como deveria, mas percebo uma necessidade da Uerj de usar isso como justificativa para invalidar as cotas".
A subreitora defende que é preciso que os estudantes consigam se formar para que a lei das cotas tenha resultado efetivo. "O meu foco tem que ser como esse aluno (cotista) vai sair da Uerj. Eu quero que ele aprenda".
Desempenho - Raquel Villardi contestou os dados divulgados na semana passada ao Estado pela Rede de Pré-Vestibulares Educafro, que mantém 255 cursinhos para estudantes carentes, no Rio e em São Paulo. Conforme tais números, que fazem parte de uma pesquisa feita pela antiga gestão, os cotistas que ingressaram na Uerj em 2003 tiveram notas mais altas do que os não-cotistas.
Ela informou que o levantamento se baseou apenas no coeficiente de rendimento (CR) dos universitários, quando o método mais exato é a análise do índice de aprovação e reprovação por nota em cada disciplina. "Se eu me basear apenas no CR, haverá distorções, porque há alunos que ficam com CR baixo porque abandonam a matéria e, com isso, tiram zero no fim".
Um outro estudo, feito a partir da taxa de aprovação, mostrou que os cotistas são mais reprovados do que os alunos que entraram na Uerj pela forma tradicional. Isso foi verificado nos centros de Educação de Humanidades, Biomédico, de Ciências Sociais e de Tecnologia e Ciências. A subreitora não quis responder às críticas do frei Davi Santos, diretor executivo da Educafro. O frade a acusou de esconder o sucesso dos cotistas.
Fonte:
Agência Estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/338159/visualizar/
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